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Polícia prende homem que matou esposa e forjou o suicídio dela em SP


Caso ocorreu em abril do ano passado no apartamento em que o casal morava, na Vila Mathias, em Santos (SP). Marido, que foi preso suspeito de ter estrangulado a vítima. Camila Indame Ramos, de 39 anos, foi dada como morta por suicídio em abril do ano passado em Santos, SP
Reprodução/Redes Sociais
Um homem de 40 anos que matou a esposa, de 39, por estrangulamento e forjou o suicídio dela, em abril do ano passado, no apartamento em que moravam na Vila Mathias, em Santos, no litoral de São Paulo, foi preso pela equipe policial comandada pelo delegado Marcelo Gonçalves, que afirmou ao g1 nesta quarta (7) que o cenário do crime foi desconfigurado e montado para que parecesse que a mulher tivesse se matado.
De acordo com Gonçalves, o caso foi desvendado a partir das provas colhidas na cena do crime e mediante análise dos autos dos institutos de Criminalística (IC) e Médico Legal (IML). O homem foi detido na terça-feira (6).
“O esposo dela alegava que teria encontrado a vítima com um pano e um laço na parte da nuca, de bruços e que ela teria se suicidado. O problema é que com a vinda dos laudos fica demonstrado que essa vítima sofreu várias lesões”.
O delegado explicou que os laudos apontaram que as marcas no corpo da vítima foram feitas em 16 de abril [data em que foi encontrada morta] e nos dias 15 e 6 daquele mesmo mês. Diante desse quadro, a Polícia Civil viu que a versão que o marido apresentava não encaixava. Além disso, o laudo do IML apontou que a vítima estava sob efeito de álcool e zolpidem [remédio que induz o sono].
“É uma substância que deixa a pessoa atordoada, inclusive durante o interrogatório perguntei se ele presenciou a esposa sob o efeito. Ele falou que viu, que ela ficava ‘grogue’. Eu perguntei como a pessoa consegue causar aquele tanto de lesão e ainda cometer o suicídio sem força e ele não teve resposta”, disse Gonçalves.
Com a análise das provas, os policiais do 2° Distrito Policial de Santos concluíram que houve feminicídio e descartaram cientificamente a possibilidade de suicídio. “O pano possuía manchas de sangue, a vítima possuía um ferimento perfurante e foi notado nos laudos a presença de sangue na parede que subentende-se que foi esguicho”.
Segundo o delegado, o perito que atendeu a ocorrência disse não ter encontrado nenhum objeto que fosse compatível com as lesões apresentadas pela vítima. “No nosso entendimento o pano não foi utilizado, foi usado outro instrumento para o estrangulamento”.
A delegada titular do 2° DP, Déborah Lázaro, enfatizou ao g1 que a investigação foi longa e trata-se de um caso diferenciado. “Precisou ser investigado com afinco. Preliminarmente, [foi tratado como] um suicídio e agora descobriu-se um feminicídio através de confronto de depoimentos, declarações, os próprios laudos foram analisados com mais rigor e descobriu-se discrepâncias, principalmente nas lesões suportadas pela vítima”.
“Sabíamos que essa moça, dentro dos autos [como] foi citado, sofria de depressão e tomava medicamentos controlados. Falou-se também das quedas que ela sofria dentro de casa só que o inquérito policial teve um novo olhar, uma investigação mais apurada. […] representamos pela prisão temporária [do marido] que foi cumprida”, disse a delegada.
Crime ocorreu em abril do ano passado no prédio onde o casal morava na Avenida Ana Costa, no bairro Vila Mathias, em Santos, SP
Brenda Bento/g1
O crime
Camila Indame Ramos, de 39 anos, foi dada como morta por suicídio na tarde de 16 de abril do ano passado. A morte foi constatada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) que foi acionado ao apartamento onde ela morava com o marido, de 40, na Avenida Ana Costa, na Vila Mathias, em Santos.
Segundo o Boletim de Ocorrência (BO) registrado na época como morte suspeita, a vítima estava na sala do apartamento com um pano enrolado no pescoço.
O marido informou à polícia que havia saído para trabalhar, passou a conversar com a esposa por aplicativo de mensagem, mas, em decorrência do trabalho, não conseguiu visualizar o celular e no término do expediente percebeu que a esposa não havia enviado mensagem.
De acordo com ele, ao chegar em casa, deparou-se com o corpo da vítima caído de bruços sobre o chão com um pano enrolado no pescoço e, imediatamente, empreendeu esforços para retirar o pano e tentou realizar manobras cardíacas, que não tiveram sucesso. Ele informou na ocasião que a mulher apresentava um quadro depressivo e fazia uso do medicamento zolpidem.
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