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Eleições na Venezuela: Opositora diz que irá derrotar Maduro e reconstruir o país

A candidata María Corina Machado (VV) pretende remover Nicolás Maduro (PSUV) do poder por meio das eleições venezuelanas e considera que está diante de uma grande oportunidade para alcançar esse objetivo.

Machado foi a vencedora das eleições primárias da oposição venezuelana e poderá enfrentar Maduro e outros candidatos independentes nas eleições presidenciais que ocorrerão em 2024.

No entanto, por conta de uma proibição que a impede de ocupar cargos públicos — imposta pelo governo de Maduro –, sua participação no pleito ainda é incerta.

Em entrevista ao programa Conclusiones, da CNN em Espanhol, a ex-deputada disse que as eleições de domingo (22) foram “o início do fim e um passo indispensável e necessário para poder derrotar definitivamente o sistema”.

No entanto, destacou que este caminho tem muitos obstáculos e que não pode percorrê-lo sozinha. “Este é um trabalho e uma causa partilhada por milhares de venezuelanos dentro e fora do país”, sublinhou.

“Neste país, depois de anos de fome, dor e separação, estamos determinados a fazer o que tem de ser feito e é exatamente isso que vai acontecer. Vamos derrubar as barreiras, vou me candidatar e derrotar Nicolás Maduro, para começaremos a reconstrução do nosso país”, assegurou.

Machado, de 56 anos, líder do partido Vamos Venezuela – fundado por ela em 2012 –, recebeu o maior número de votos nas eleições primárias da oposição realizadas no domingo. Obteve 2.253.825 votos (92,35% do total), com 92,65% dos votos apurados, conforme informou a Comissão Primária Nacional em seu último boletim.

Sobre o processo eleitoral, Machado disse que é preciso estar muito envolvida em todo o conflito de tantas décadas na Venezuela para compreender a profundidade e a magnitude do que acontece em seu país.

“Esta é uma luta que vai muito além de uma eleição convencional. Para os venezuelanos, isto realmente se tornou uma luta existencial e até espiritual, e é por isso que você vê as pessoas saírem, se abraçarem, chorarem, rezarem e cantarem.”

Esta é a primeira vez em mais de uma década que a coligação da oposição organiza uma votação primária para escolher um único candidato.

Sua vitória também representou uma reviravolta na oposição: superou os pré-candidatos do chamado G-4, dos partidos Acción Democrática, Primero Justicia, Voluntad Popular e Un Nuevo Tiempo, que tiveram a maioria dos deputados eleitos nas eleições à Assembleia Nacional para o período 2016-2021.

“Foi um feito histórico. O mais importante foi como nós, venezuelanos, tomamos consciência do que estávamos fazendo, em um evento cívico do qual o povo liderou e que nos uniu, porque um quarto do nosso país está à beira do mundo inteiro e naquele dia saímos como família, e nos sentimos unidos em um projeto comum. Isso é extraordinário”, disse Machado.

Sobre o número de votos que obteve, admitiu que “é algo verdadeiramente monumental, duplicaram as minhas melhores expectativas”. “Para mim é um ponto de virada na história cidadã e democrática da Venezuela”, resumiu.

Após as primárias e a divulgação dos resultados, o procurador-geral Tarek William Saab anunciou que vai abrir uma investigação criminal contra o presidente e o vice-presidente da Comissão Primária Nacional por usurpação de identidade, de funções eleitorais e associação para a prática de crime.

Sobre a medida do Ministério Público, Machado destacou que “isto não é contra Jesús María Casal e a Dra. Mildred Camero ou os demais membros da Comissão Nacional Primária”. “Isto vai contra milhões de venezuelanos que levaram a cabo este processo de forma impecável, como deveriam ser as eleições na Venezuela.”

Após a vitória nas primárias, Machado disse que não vai descansar e que seu propósito é iniciar a reconstrução da Venezuela.

Inabilitação para o exercício de cargos públicos

Seu slogan de campanha, “Até o fim”, ganha especial significado se considerarmos um documento da Controladoria-Geral da República que estabelecia a inabilitação de Machado para exercer cargos públicos na Venezuela por 15 anos por “erros e omissões em suas declarações juramentadas” sobre patrimônio.

A sanção a impedia de registrar sua candidatura no Conselho Nacional Eleitoral venezuelano.

Ao longo do ano, Machado rejeitou diversas vezes essas acusações e diz que se tratou de manobras do “regime”, qualificando a medida contra ela como “lixo”. “O povo da Venezuela é que permite isso”, disse ela em sua campanha.

Durante sua entrevista à CNN, Machado ainda destacou que “tentar me desqualificar foi o pior erro que o regime poderia ter cometido”. “Foi revertido porque lhe deu uma dimensão de desafio, um desafio que fez com que muito mais pessoas fossem votar no domingo.”

“Falar sobre desqualificação neste momento é tentar ignorar o monumental acontecimento político de domingo. Agora que temos que unir um país inteiro, estou focada em garantir que um grande acordo nacional chegue ao coração e ao lar de cada venezuelano, especialmente daqueles que ainda estão sob algum controle ou intimidação do chavismo”, concluiu.

Juristas, como a organização não governamental Acceso Público, descrevem a medida governamental como ilegal e inconstitucional.

Durante anos, Machado enfrentou acusações e sanções por parte das autoridades. Em 2014, como deputada à Assembleia Nacional, convocou uma onda de protestos conhecida como “A Saída”, que durou até junho e cujo objetivo era exigir a restituição da ordem democrática na Venezuela.

Mais tarde, Machado aceitou brevemente o cargo de embaixadora suplente do Panamá junto à Organização dos Estados Americanos (OEA) para denunciar ao Conselho Permanente as mortes de dezenas de jovens e as violações dos direitos humanos supostamente cometidas durante essas ações de rua.

Em resposta, o partido no poder emitiu medidas para conseguir a sua demissão como deputada da Assembleia Nacional, acusando-a de traição e, posteriormente, de planos de assassinato, sem apresentar provas. Machado negou repetidamente e publicamente tais acusações.

Um tribunal a proibiu de sair do país no meio dessa investigação e ela já goza dessa medida cautelar há oito anos.

O acordo de Barbados poderia beneficiá-la?

Durante o mês de outubro, a oposição e o governo de Maduro assinaram um acordo em Barbados que suspende durante seis meses as sanções econômicas à Venezuela impostas por Washington – o que permitiria ao governo voltar a vender petróleo nos Estados Unidos — em troca do respeito pelos direitos políticos dos seus adversários.

O acordo diz que os candidatos poderão inscrever-se “desde que cumpram os requisitos estabelecidos para participar nas eleições presidenciais”.

Após a assinatura do pacto parcial de Barbados, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse em comunicado que espera que antes do final de novembro o governo de Maduro defina um processo e um prazo preciso “para a readmissão acelerada de todos os candidatos”.

“Os Estados Unidos planejam tomar medidas se os compromissos estipulados no roteiro eleitoral não forem cumpridos”, afirmou o comunicado.

O que propõe María Corina Machado?

Nesta campanha, Machado aposta na promoção da estabilização fiscal e monetária da Venezuela e diz que irá procurar a privatização das empresas públicas, incluindo a atividade petrolífera.

O VV é um partido com uma doutrina econômica liberal que propõe uma opção contrária ao socialismo sob as premissas do mercado livre, bem como o respeito pela propriedade privada e pelo Estado de direito.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Eleições na Venezuela: Opositora diz que irá derrotar Maduro e reconstruir o país no site CNN Brasil.

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