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Polarização será secundária nas eleições municipais, diz Gilberto Kassab

Presidente do partido que atualmente tem o maior número de prefeitos filiados, Gilberto Kassab (PSD) vê a polarização nacional entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como um fator “secundário” nas eleições municipais deste ano.

“O eleitor está mais preocupado com as questões administrativas, com as coisas que impactam objetivamente seu cotidiano e sua vida”, diz o secretário estadual de governo de São Paulo, em entrevista à CNN. Mantendo a tradição da sigla, o PSD não vai impedir que seus candidatos façam aliança com nenhum dos espectros políticos nem que busquem apoio de lulistas ou bolsonaristas.

Kassab estabelece como meta para o PSD eleger cerca de 750 prefeitos – menos do que os cerca de 1.100 que atualmente estão filiados à sigla, segundo ele, mas acima do resultado obtido nas urnas em 2020. Há quatro anos, o partido ficou entre os três que mais elegeram gestores municipais – pela base de dados do Tribunal Superior Eleitoral, que considera apenas o resultado das urnas e agrega as eleições suplementares, a sigla venceu 661 disputas.

Nesta semana, a CNN publica uma série especial de entrevistas sobre as eleições municipais de 2024 com os dirigentes dos maiores partidos brasileiros. Todas as publicações podem ser acessadas no site da cobertura eleitoral da CNN.

Quais são as metas do partido para as eleições municipais, tanto em número de prefeituras quanto em total de votos? E em número de vereadores?

Atualmente temos cerca de 1.100 prefeitos filiados ao PSD no Brasil. Se chegarmos ao final das eleições de 2024 com aproximadamente 750 prefeitos, eleitos acho que estaremos num bom patamar.

Quantas capitais o partido espera governar após as eleições municipais?

As candidaturas ainda não estão fechadas, são definidas localmente, então ainda é um pouco prematuro fazer essa avaliação. Atualmente temos prefeitos em 5 capitais (Florianópolis – Topázio Neto, Curitiba – Rafael Greca, Belo Horizonte – Fuad Noman, Rio de Janeiro – Eduardo Paes, e São Luis – Eduardo Braide), todos muito bem avaliados. O Greca tem grandes chances de fazer seu sucessor, Eduardo Pimentel, e os outros quatro de conquistarem a reeleição, o que será muito positivo para a legenda. Teremos ainda candidatos fortes, competitivos, em outras capitais e grandes cidades do Brasil.

Na sua opinião, as eleições municipais vão manter a polarização vista no nível nacional, com o presidente Lula e aliados de um lado e o ex-presidente Jair Bolsonaro e apoiadores do outro?

É inegável que essa polarização ainda existe. Entretanto, entendo que nas eleições municipais o eleitor está mais preocupado com as questões administrativas, com as coisas que impactam objetivamente seu cotidiano e sua vida. A qualidade das escolas, das unidades de Saúde, a conservação da cidade, das calçadas, do asfalto, das árvores. Ainda que seja um componente na decisão de voto, acredito que ela (polarização) seja mais secundária nas eleições municipais.

O partido terá resolução ou critérios obrigatórios para se firmar alianças nas principais cidades do país? Em quais palanques o partido espera contar com participação direta do presidente Lula ou do ex-presidente Bolsonaro?

O PSD é um partido de centro, com regiões e filiados mais próximos de partidos de direita ou de esquerda. Como tenho ressaltado, a definição das candidaturas será essencialmente local, definida nos municípios e Estados. O partido definiu, nacionalmente, que se priorize, sempre que possível, as candidaturas próprias, e não fará imposição ou veto de alianças.

Embora seja o mais jovem entre os dez maiores partidos, o PSD tem se destacado não só nas bancadas do Congresso, mas no número de prefeituras sob seu comando – foram mais de 600 em 2020, incrementadas por muitas migrações nos últimos anos. O partido quer ser o número 1 em número de prefeituras?

Diria que o partido não trabalha para simplesmente ser a legenda com mais prefeituras no Brasil. Acho que o mais importante é ser o partido que recebe as boas lideranças, com os bons projetos, em defesa dos interesses da população, e que os eleitos façam, efetivamente, boas administrações. Acho que, com esse princípio, podemos ser a principal legenda do País, com naturalidade.

Na sua opinião, o quanto as eleições municipais deste ano serão determinantes para as eleições de 2026, seja na disputa pela Presidência e por governos estaduais, seja na formação das bancadas na Câmara dos Deputados?

Como disse na resposta anterior, acho que o eleitor tem preocupações diferentes na eleição municipal em comparação com a eleição nacional, principalmente. Mas é claro que ter uma base favorável de prefeitos e vereadores é um facilitador para candidatos a governador, deputado estadual e federal, senador e, também, para presidente.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Polarização será secundária nas eleições municipais, diz Gilberto Kassab no site CNN Brasil.

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