• New Page 1

    RSSFacebookYouTubeInstagramTwitterYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTube  

Polarização é para “opositor que não tem resultado para mostrar”, diz presidente do MDB

Partido que mais vezes elegeu o maior número de prefeitos desde a redemocratização, o MDB rechaça a hipótese de que a polarização nacional vai ditar os rumos das disputas municipais e aposta em se manter como “um partido de centro que busca a construção de consensos”.

“A polarização será utilizada por quem é opositor e não tem nada para mostrar de resultado”, diz o presidente nacional da sigla, deputado Baleia Rossi (SP), em entrevista à CNN.

O dirigente cita como exemplo a principal cidade governada pelo partido atualmente. “Vamos apostar nos resultados da gestão do prefeito Ricardo Nunes, um candidato radical de centro, que tem construído uma frente ampla”.

Em 2020, o MDB saiu com o maior número de votos recebidos por seus candidatos, superando os 10,7 milhões, e o maior número de prefeituras vencidas nas urnas (799).

Embora atualmente o PSD puxe para si o posto, principalmente com a filiação de atuais mandatários eleitos por outras siglas, o MDB aposta em manter uma tradição que dura mais de 50 anos e seguir como o partido que mais conquista prefeituras. “Devemos sair vitoriosos entre 800 e 900 cidades”, estima Baleia. Hoje, o partido diz ter 869 prefeitos filiados.

Nesta semana, a CNN publica uma série especial de entrevistas sobre as eleições municipais de 2024 com os dirigentes dos maiores partidos brasileiros. Todas as publicações podem ser acessadas no site da cobertura eleitoral da CNN.

Quais são as metas do partido para as eleições municipais, tanto em número de prefeituras quanto em total de votos? E em número de vereadores?

Não há um cálculo específico. Mas o objetivo principal é seguir como o partido que mais conquistas prefeituras desde 1980. Neste ano, devemos ser vitoriosos entre 800 e 900 cidades. Nas capitais, temos candidatos fortes e competitivos em São Paulo, Porto Alegre, Boa Vista, Salvador, Rio Branco, Maceió, Aracaju e Rio de Janeiro.

Na sua opinião, as eleições municipais vão manter a polarização vista no nível nacional, com o presidente Lula e aliados de um lado e o ex-presidente Jair Bolsonaro e apoiadores do outro?

Não. A polarização será utilizada por quem é opositor e não tem nada para mostrar de resultado. Em São Paulo, que historicamente mais chama a atenção do País, vamos apostar nos resultados da gestão do prefeito Ricardo Nunes, um candidato radical de centro, porque é do MDB desde juventude, e que tem construído uma frente ampla com partidos de centro-esquerda (Solidariedade), centro (PSD, PSDB-Cidadania), centro-direita (Republicanos e PP) e direita (PL).

O partido terá resolução ou critérios obrigatórios para se firmar alianças nas principais cidades do país? Haverá veto a algum partido?

Não. O MDB é um partido de centro, cuja marca é a construção de consensos sempre por meio da via democrática.

Em quais palanques o partido espera contar com participação direta do presidente Lula? E do ex-presidente Bolsonaro?

Precisamos incluir nesta lista a nossa candidata de 2022, Simone Tebet, que, sem dúvida, figura como liderança nacional. De nossa parte, não esperamos que ninguém suba em palanque, mas contamos sim com apoios de quem quiser estar em nossos projetos.

O MDB é conhecido como partido municipalista, fez quase 800 localidades em 2020, mas tem enfrentado queda no número de prefeituras eleitas, além do avanço de outras siglas. Quais vão ser as estratégias para o partido seguir como o líder em número de prefeituras?

Desde 1980, o MDB se mantém como partido que mais vence nas eleições municipais. Jamais houve queda abrupta. Nossa estratégia é sempre focar nos problemas das cidades. Temos passado por um processo de mudança geracional, com novas lideranças em todos os Estados. Hoje contamos com nove vice-governadores, a maioria jovens. Então, o MDB tem uma excelente perspectiva de poder.

Na sua opinião, o quanto as eleições municipais deste ano serão determinantes para as eleições de 2026, seja na disputa pela Presidência e por governos estaduais, seja na formação das bancadas na Câmara dos Deputados?

Historicamente, o maior impacto das eleições municipais é para a eleição de deputados federais. Pois, atualmente, muitos deputados atuam em defesa de municípios, com a busca de programas e obras por meio do Orçamento da União. Em 2020, os partidos de centro saíram vitoriosos nas eleições municipais, mas, em 2022, a polarização acabou dominante, com Lula e Bolsonaro. Portanto, a tendência é que a eleição municipal tenha pouco impacto no pleito nacional.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Polarização é para “opositor que não tem resultado para mostrar”, diz presidente do MDB no site CNN Brasil.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *