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Nasa lança satélite que vai estudar os “sinais vitais” da Terra

A Nasa lançou o satélite Plankton, Aerosol, Cloud, Ocean Ecosystem (Pace), que irá estudar os efeitos das mudanças climáticas e a saúde do oceano e atmosfera, considerados pela agência como os “sinais vitais” da Terra. O satélite foi lançado na madrugada desta quinta-feira (08), a bordo de um foguete da SpaceX, e já está em órbita com sinais positivos de evolução pós-lançamento.

A missão, segundo a agência americana, estudará o impacto de coisas minúsculas, muitas vezes invisíveis como vida microscópica na água e partículas microscópicas no ar. Alexandre Zabot, professor da UFSC, doutor em Astrofísica, explica que esses estudos são possíveis a partir de métodos já estabelecidos por satélites de monitoramento. Um deles é chamado de fotometria.

Com uma espécie de câmera fotográfica que pode captar cores na faixa do ultravioleta e infravermelho, o satélite recebe luz, nesse caso, dos oceanos e separa isso em imagens com várias cores, cada uma delas representando um tipo de ser vivo daquele local. “Quando se vê um certo tom de verde, por exemplo, corresponde a certo tipo de alga”, explica Zabot.

Segundo a Nasa, é a partir dessas análises que novas informações nas áreas de saúde dos oceanos, monitoramento da proliferação de algas nocivas e das respostas dos ecossistemas oceânicos às mudanças climáticas serão obtidas.

Segundo Zabot, além da fotometria, o satélite Pace tem dois equipamentos chamados polarímetros. Ele explica que a luz além das propriedades das cores, tem a propriedade física da polarização.

Isso significa que quando a luz passa por diferentes meios, como poeira, nuvens ou aerossóis, ela pode interagir com as partículas presentes nesses ambientes. Essa interação pode resultar na mudança da orientação das oscilações elétricas e magnéticas da luz, levando à polarização, objeto de análise dos polarímetros.

“Eles permitem medir o grau de polarização que a luz que saiu do oceano sofreu ao passar pelas camadas da atmosfera”, afirma o professor.

Dessa forma, a Nasa pretende levantar e analisar informações relacionadas à atmosfera, propriedades das nuvens e aerossóis, que serão importantes para a compreensão do ciclo global do carbono.

O professor destaca que os métodos utilizados no Pace já são estabelecidos e conhecidos na área, mas o lançamento de um novo satélite sempre apresenta novidades. “Os equipamentos são mais precisos, com mais resolução, vê uma região menor, com mais detalhes, é possível distinguir melhor”, diz.

A missão do Pace foi projetada pela Nasa para durar pelo menos três anos. Apesar disso, a espaçonave está carregada com propelente, material utilizado para movimentar o satélite, suficiente para expandir esse cronograma em mais de três vezes.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Nasa lança satélite que vai estudar os “sinais vitais” da Terra no site CNN Brasil.

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