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Pesquisadores observam comportamento de mães-golfinho em Fernando de Noronha


Segundo Projeto Golfinho Rotador, avistamentos de filhotes passaram de 10% para 20% total de animais dos grupos. Cientistas descreveram características de mães e filhotes em Noronha. Mães e filhos são avistados em Norona
Projeto Golfinho Rotador/Divulgação
Maio também é o mês das ‘mães-golfinho’ em Fernando de Noronha. Os pesquisadores constataram que este ano os avistamentos de filhotes dobraram – passando de 10% para 20% total de animais dos grupos. A informação foi divulgada neste domingo (14) pelo Projeto Golfinho Rotador (PGR).
Segundo os especialistas, a observação dos grupos de golfinhos feita por barqueiros e pesquisadores indicou que o número de mães com filhotes recém-nascidos de golfinhos-rotadores em Noronha está acima da média do ano. Os pesquisadores ainda não sabem o motivo do aumento de filhotes.
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“Essa concentração deve-se ao fato de que um dos picos de nascimento de golfinhos em Noronha é nos meses de março, abril e maio. E, logo que os filhotes nascem, as mães vêm mais frequentemente para a região conhecida como ‘mar de dentro’, para aproveitar as águas calmas para os primeiros cuidados dos filhotes, como amamentação”, declarou o oceanógrafo José Martins, fundador do projeto.
O pesquisador acrescentou que à tarde, as mães e os filhotes acompanham o grupo todo de golfinhos-rotadores para as áreas de alimentação. Isso deixa sem golfinho as três áreas de concentração de rotadores em Fernando de Noronha: a Baía dos Golfinhos, a Baía Santo Antônio e a Enseada Entre Ilhas.
As características das mães foram detalhadas.
“As mães-golfinho possuem admiráveis características maternas: são protetoras, carinhosas e atenciosas. Na amamentação, por exemplo, os filhotes se posicionam ao lado da mãe e esfregam ou dão pequenas batidas com a ponta do rostro na fenda mamária da fêmea, por onde o leite é expelido”, explicou Martins.
Grupos são registrados pelos estudiosos
Projeto Golfinho Rotador/Divulgação
Outro ponto interessante da estrutura familiar dos rotadores é que, devido à estratégia sexual da espécie, a figura paterna não existe. Uma fêmea tem relações sexuais com vários machos.
Proteção
Em observações realizadas em mergulhos, os pesquisadores do Projeto Golfinho Rotador perceberam que as fêmeas sempre nadam próximas aos filhotes e, na maioria das vezes, entre suas crias e o pesquisador, numa posição evidente de proteção.
“Quanto ao posicionamento dos filhotes e dos recém-nascidos em relação à mãe, a preferência era por posições que ofereciam maior proteção ao filhote, ficando ao lado, atrás ou abaixo da fêmea”, explicou o oceanógrafo José Martins.
Outro ponto destacado é que, nos casos em que o filhote demonstrou curiosidade pelo pesquisador e se aproximou dele, a mãe afastou o pequeno, empurrando-o suavemente ou emitindo uma vocalização muito alta e específica.
Os cientistas do Projeto Golfinho Rotador batizaram esse chamado de ‘vem cá, meu filho’. As mães-golfinho também emitem sons aos filhotes em outras situações, como quando eles parecem estar assustados e quando estão voltando das brincadeiras muito comuns entre os mais jovens.
Além disso, as fêmeas usam as nadadeiras para dar leves toques nos filhotes e, assim, afastá-los de eventuais riscos e predadores.
Amamentação
Os pesquisadores também indicaram que o comportamento protetor das mães-golfinho é visto durante a amamentação, que permanece de um a dois anos.
“Na amamentação, o filhote se posiciona de lado e esfrega o seu focinho na fenda mamária da mãe, de onde é expelido um leite altamente gorduroso. O filhote mama intermitentemente, durante aproximadamente 20 segundos numa fenda mamária, descansa 60 segundos e mama mais 20 segundos em outra fenda, volta a descansar e, depois volta a mamar. No início das manhãs, a frequência de amamentação é maior”, disse José Martins.
A amamentação é o momento mais difícil de ser observado e registrado pelos pesquisadores do Projeto Golfinho Rotador. As fêmeas interrompem o ato, ou ocorre a fuga da mãe e do filhote com a aproximação dos cientistas.
“O curioso é que, nos casos de fêmeas que já haviam estado várias vezes com o mesmo pesquisador em outros mergulhos, a aproximação durante a amamentação foi aceita”, relatou o oceanógrafo.
Amamentação é momento íntimo dos golfinhos
Projeto Golfinho Rotador/Divulgação
A dificuldade em se aproximar das mães quando estão amamentando evidencia que esse é o comportamento mais íntimo observado entre os rotadores em Fernando de Noronha.
“Essa dificuldade prova a necessidade de haver áreas exclusivas para esses animais, longe da presença humana”, afirmou o pesquisador do Projeto Golfinho Rotador, Flávio Lima.
O Projeto Golfinho Rotador realiza monitoramento e conservação dos golfinhos em Fernando de Noronha desde 1990.
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As características da mãe “As mães-golfinho possuem admiráveis características maternas: são protetoras, carinhosas e atenciosas. Na amamentação, por exemplo, os filhotes se posicionam ao lado da mãe e esfregam ou dão pequenas batidas com a ponta do rostro na fenda mamária da fêmea, por onde o leite é expelido”, explicou Martins.
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