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Entenda por que tantos prédios subiram nos últimos anos nos bairros de Vila Mariana, Pinheiros e Vila Prudente na cidade de SP


SP constrói um Copan a cada cinco dias. Segundo dados do Centro de Estudos da Metrópole, já existem mais m² construídos em prédios do que em casas na capital, como resultado do Plano Diretor de 2014. São Paulo constrói um Copan por dia
Prédios e mais prédios ocupam cada raro espaço que resta na cidade de São Paulo e, eles estão cada vez mais altos. Na capital, já existem mais metros quadrados de prédios do que de casas.
Segundo dados do Centro de Estudos da Metrópole da Universidade de São Paulo (USP):
São 183,7 milhões de metros quadrados de casas para 190,4 milhões de metros quadrados de prédios.
A quantidade de prédios sendo levantados provocou uma mudança significativa nos cenários de vários distritos da cidade como na Vila Mariana, na Zona Sul, Pinheiros, na Zona Oeste, e Vila Prudente na Zona Leste.
A mudança tem a ver com o Plano Diretor da cidade, que define onde deve se concentrar residências, comércios e indústrias. Aprovado em 2014, o Plano Diretor de São Paulo deverá passar por uma nova revisão este ano. (saiba mais abaixo)
SP tem recorde de microoapartamentos
Reprodução/TV Globo
O que define o Plano Diretor
O principal objetivo do plano era trazer mais moradores para os chamados ‘eixos de transporte’, locais próximos de grandes avenidas, com corredores de ônibus e estações de trem e Metrô.
Para isso, o plano liberou a construção de prédios mais altos nos eixos, mas com números reduzidos de vagas de garagem, sem a construtora precisar pagar mais para a Prefeitura por isso, como uma forma de estimular deslocamentos com a utilização de transporte público.
Geralmente, os “eixos de transporte” também são locais mais estruturados com serviços públicos e empregos.
Já nos miolos dos bairros, o máximo definido para edificações pelo Plano Diretor são 8 andares.
A expectativa é votar o novo plano da capital até 31 de maio.
Revisão do Plano Diretor de SP deverá acontecer até 31 de maio
Reprodução/TV Globo
Microoapartamentos
O processo de verticalização da cidade também provocou uma explosão na venda de microapartamentos, formados por unidades com menos de 30 metros quadrados. Em 6 anos, o número de unidades vendidas aumentou 38 vezes, segundo dados do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi-SP).
Segundo o vice-presidente do Secovi, os microapartamentos são uma saída das construtoras para vender mais apartamentos em áreas que ficaram mais valorizadas.
“Quando se resolveu adensar os chamados eixos de transporte se estabeleceram alguns parâmetros. Um deles foi a quantidade mínima de apartamento para ser feito em cada terreno. Quando é muito pequena a oferta em uma região, o preço sobe muito, por exemplo, na região da Oscar Freire, se a pessoa quiser morar ali, ela não vai ter dinheiro para pagar um apartamento, só se existir um muito pequeno, que caiba no bolso”, afirma Cláudio Bernardes, vice-presidente do Secovi/SP.
Para Bianca Tavolari, coordenadora do Observatório da Revisão do Plano Diretor de SP, o adensamento aumentou perto dos eixos, mas é necessário avaliar se a gerou uma transformação democrática na capital.
“Uma casa perto de uma estrutura de transporte, abriga uma família, se colocar um prédio serão mais famílias. Agora a questão toda é saber se a gente está fazendo isso desfazendo padrões de segregação social porque se a gente vai lá e constrói um prédio de altíssima renda do lado do metrô a gente não está desfazendo aquilo que o plano diretor estabelece que é corrigir as desigualdades urbanas”, afirma.
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