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Da construção de moradias ao tempo dedicado a ouvir histórias, voluntários mudam a vida de pessoas em Ribeirão Preto, SP


Ajuda de desconhecidos pode fazer a diferença na vida de quem mais precisa, mas é preciso dedicação e comprometimento. Ações voluntárias mudam vidas de pessoas em Ribeirão Preto, SP
A monitora de transporte escolar Fernanda Pereira dos Santos vive hoje em uma casa de alvenaria na comunidade Anhanguera, na zona Leste de Ribeirão Preto (SP).
Mas por muito tempo, ela teve de dividir um barraco com as três filhas pequenas.
“O barraco que eu morava era só de lona dos lados, entrava friagem, a gente tinha medo de barata, escorpião subir na cama. Dava medo de tudo, [quando chovia] molhava tudo, a gente com goteira no corpo, nas costas. Hoje fecho minha porta sossegada, durmo sossegada, tenho chuveiro quente, banheiro com azulejo. É outra coisa”.
Fernanda Pereira dos Santos conquistou um lugar para morar com a ajuda de Inês Telma Citelli, em Ribeirão Preto, SP
José Augusto Junior/EPTV
A moradia só foi possível graças à ajuda de uma pessoa que hoje Fernanda tem como amiga.
“Nunca apareceu ninguém para ajudar igual ela ajuda, sem cobrar nada, de coração mesmo. Ela vem e pisa aqui com a gente, fica debaixo de chuva com a gente, já chorou com a gente. Pessoas como ela são pessoas de Deus, porque não é qualquer um que entra aqui para ver a situação da gente”.
A pessoa a quem a monitora de transporte escolar se refere é a terapeuta holística Inês Telma Citelli, que ‘adotou’ a comunidade e planeja ajudar agora todos os moradores do local, com uma casa para cada uma das famílias.
“Quero construir todas as casinhas daqui, quero que todas as pessoas que moram aqui tenham uma casa boa, quero melhorar a vida deles. Quero saber como estão, é gás que acabou, é ração que faltou, estão precisando de tênis agora, chinelinho, o que precisa?”
A vontade de ajudar o outro sempre esteve com Inês, mas a comunidade entrou na vida dela quase que por acaso.
“Eu queria me aproximar de um pessoal que precisasse e joguei pro universo ‘quero encontrar um pessoal que eu possa fazer alguma coisa’. Comecei trazendo comida, mas a ideia nunca foi essa. A ideia era me aproximar mesmo, ver um lugar para morar que não chova dentro, que não durma no chão, que tenha um banheiro para entrar pra tomar banho, não precisar tomar banho de panelinha”.
Assim como Inês, Piti Meinberg também revela que sempre sentiu a necessidade de ajudar o próximo.
Voluntária há oito anos, ela começou ouvindo histórias em lares de idosos em Ribeirão Preto. Hoje é presidente do Centro de Voluntariado da cidade.
“Eles tem tanta história para contar, que nada melhor do que dois ouvidos para escutar”, diz.
Piti Meinberg foi voluntária por oito anos, antes de se tornar presidente do Centro de Voluntariado de Ribeirão Preto, SP
José Augusto Júnior/EPTV
Mas ouvir o que o outro tem a dizer não basta. Piti conta que, para ser voluntário, é preciso muito mais do que apenas querer.
“Precisa de comprometimento e dedicação, porque, muitas vezes, as pessoas querem ajudar, mas para que isso aconteça, tem de se comprometer, estar presente. Doar um pouco de si para o outro exige compromisso e dedicação”.
A administradora Rosane Vendrúsculo Gomes também dedica algumas horas do dia para ajudar quem mais precisa.
Ela faz parte de um projeto que recebe doações de cabelos para confecção de perucas para pessoas em tratamento contra o câncer.
“Elas vão perder os cabelos, vão perder os pelos. Mas vai dar mais dignidade, vai ter mais vaidade, vontade de sair de casa, de estar em contato com a sociedade e com os seus. Damos esse acolhimento para recebê-las e colocá-las em contato com o ‘normal’”.
No mesmo projeto que Rosane trabalha, as voluntárias também produzem peças bordadas, costuras e bijuterias.
Coordenadora do grupo, Selma Ceda Carvalho gosta de dizer que o voluntariado que faz é de dentro pra fora.
“É a alegria de viver, a disposição de ajudar o outro, não trabalho por dinheiro. Voluntariado não trabalha por dinheiro. Isso é gratificante”.
Rosane Vendrúsculo Gomes faz parte de um grupo de voluntários que ajuda pessoas em tratamento contra o câncer, em Ribeirão Preto, SP
José Augusto Júnior/EPTV
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