• New Page 1

    RSSFacebookYouTubeInstagramTwitterYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTube  

Namorada de jogador acusado por fraude o repreendeu após ele desabafar ao ser ameaçado com arma: ‘Você procurou isso sozinho’


Na conversa, a mulher ainda disse que o homem teria acabado com tudo por achar que ‘dinheiro fácil é melhor que batalhar por ele’. Jogador Marcos Vinicius Alves Barreira e o diálogo com a namorada dele, no contato identificado como ‘amor’, em Goiânia
Reprodução/Ministério Público e Divulgação/Vila Nova
Prints mostram parte de conversa entre o ex-jogador do Vila Nova, Marcos Vinicius Alves Barreira, conhecido como ‘Romário’, com a namorada após ele receber ameaças para continuar com a suposta fraude em resultados de jogos (veja diálogo abaixo). Em resposta, a mulher teria dito já tê-lo avisado sobre a situação.
“Os caras me ameaçou e me mandou vídeo de arma falando se eu não trabalhar pra eles até abril eles vai me matar”, disse Romário à namorada.
“Marcos, você procurou isso sozinho. Eu te avisei. Você acabou com tudo porque acha que dinheiro fácil é melhor do que batalhar para ter”, respondeu a mulher.
Compartilhe no WhatsApp
Compartilhe noTelegram
O jogador está entre os acusados pelo MPGO por aceitar ou pedir propina duas vezes pra alterar o resultado do jogo. Ao g1, a defesa do atleta, representada pelo advogado Odair de Meneses, informou que o jogador não foi denunciado por crime de associação ou organização criminosa e que a inocência dele “será provada no curso do processo” (veja nota completa ao final da reportagem).
Na conversa, o jogador detalha que estaria devendo um valor de R$ 500 mil.
“Eu não quero trabalhar, então tá me ameaçando todo dia. Então prefiro ficar só do que fazer algo com vocês e ficar fazendo o que eles me pede no jogo até pagar os R$ 500 mil”, disse o jogador.
Dias depois, a mulher conta para o jogador que uma tia dela havia ligado para ela para contar que um homem estaria falando do fato do atleta estar envolvido no esquema para uma outra pessoa.
“[Estava falando] que você tava mexendo com esquema de jogo e tudo. Quando falou que você namorava comigo o cara pediu o endereço lá de casa”, escreveu a mulher.
LEIA TAMBÉM
VEJA CONVERSAS: Preso acusado de integrar grupo que manipulava resultados de jogos ligou para a esposa de dentro da cadeia e pediu dinheiro para comprar celular
Mais jogadores, escritório e lavagem de dinheiro: veja planos do grupo acusado de manipular jogos
Chamadas de vídeo com apostador, comprovantes de pagamento e mensagens: veja provas apontadas pelo MP que ligam jogadores a esquema de manipulação de jogos
SAIBA ESTRATÉGIAS USADAS EM FRAUDES: Robôs, contas em nomes de terceiros e laranjas para receber valores
Manipulação de jogos de futebol: entenda como funcionava o esquema
Atuação em núcleos
Segundo o MP, o grupo criminoso cooptava jogadores com ofertas que variavam entre R$ 50 mil e R$ 100 mil para que cometessem lances específicos nos jogos – como um número determinado de faltas, levar cartão amarelo, garantir um número específico de escanteios para um dos lados e até atuar para a derrota do próprio time. Diante dos resultados previamente combinados, os apostadores obtinham lucros altos em diversos sites de apostas.
Segundo o Ministério Público, o esquema era dividido em quatro núcleos: de apostadores, financiadores, intermediadores e administrativo. Bruno Lopez, segundo a denúncia do órgão, era o líder do núcleo de apostadores.
Os núcleos funcionavam da seguinte forma: o “Núcleo Apostadores” era formado por responsáveis por contatar e aliciar jogadores para participação no esquema delitivo. Eles também faziam pagamentos aos jogadores e promoviam apostas nos sites esportivos.
Também havia o “Núcleo Financiadores”. Eles eram os responsáveis por assegurar a existência de verbas para o pagamento dos jogadores aliciados e também nas apostas manipuladas.
Além disso, havia o “Núcleo Intermediadores”, estes eram responsáveis por indicar contatos e facilitar a aproximação entre apostadores e atletas aptos a promoverem a manipulação dos eventos esportivos.
Também havia o “Núcleo Administrativo”, que era responsável por fazer as transferências financeiras a integrantes da organização criminosa e também em benefício de jogadores cooptados.
Como a operação começou
A Operação Penalidade Máxima já fez buscas e apreensões nos endereços dos envolvidos. As investigações começaram no final de 2022, quando o volante Romário, do Vila Nova-GO, aceitou uma oferta de R$ 150 mil para cometer um pênalti no jogo contra o Sport, pela Série B do Campeonato Brasileiro. Romário recebeu um sinal de R$ 10 mil, e só teria os outros R$ 140 mil após a partida, com o pênalti cometido. À época, o presidente do Vila Nova-GO, Hugo Jorge Bravo, que também é policial militar, investigou o caso e entregou as provas ao MP-GO.
Nota da defesa de Marcus Vinicius Alves, conhecido como Romário:
A defesa do atleta Marcos Vinicius Alves Barreira, vulgo “Romarinho”, com referência às acusações contidas e veiculadas na operação “penalidade máxima”, vem informar que a investigação criminal envolvendo o atleta já foi concluída pelo Ministério Público do Estado de Goiás e encaminhada ao Poder Judiciário, com o oferecimento de denúncia por suposta infração ao art. 41-D da Lei nº 10.671/03(Estatuto de Torcedor), cuja defesa já apresentou respota à acusaçãp, estando o processo aguardando a manifestação dos demais corréus para designação de audiência de instrução. Destacando que o mesmo não foi denunciado por crime de associação ou organização criminosa. Cuja inocência será provada no curso do processo. Não tendo o atleta firmado acordo de delação premiada ou de não persecução penal com o Ministério Público.
Veja outras notícias da região no g1 Goiás.
VÍDEOS: últimas notícias de Goiás
Adicionar aos favoritos o Link permanente.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *