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Conheça Klauss, o novo cão-guia do brusquense Sidnei Pavesi

Brusque conta com um novo cão-guia atuando na cidade. Klauss acompanha o brusquense Sidnei Pavesi de forma independente desde o dia 5 de abril. Após um período de adaptação com o tutor e com a cidade, Klauss foi considerado preparado para acompanhar Sidnei no dia a dia.

Klauss e Sidnei passaram por uma primeira fase de adaptação durante três semanas. Duas delas aconteceram no Instituto Federal Catarinense (IFC) de Camboriú, local em que Klauss foi treinado. Depois, o cão veio para Brusque e passou por acompanhamento com treinadores, até começar a guiar Sidnei de forma independente.

“O Klauss se adaptou bem a Brusque. Começamos as rotas e ele se deu muito bem. Normalmente, são quatro semanas de curso, mas, como eu já era usuário de cão-guia, os treinadores entenderam que o treinamento se concluiu em três semanas”, afirma Sidnei.

Sidnei coloca coleira em Klauss. Foto: Thiago Facchini/O Município

Braille, o primeiro cão-guia de Brusque, guiou Sidnei por oito anos. A relação entre o tutor e Braille foi assunto de diversas reportagens do jornal O Município nos últimos anos. O cão morreu em agosto do ano passado, em decorrência de um câncer.

Desde então, para ajudar a superar a morte do cão e amigo, Sidnei e a esposa Lucimara Pavesi adotaram Marley. Agora, com a chegada de Klauss, o casal convive com dois cães: um cão-guia e um cão de estimação.

“O Braille foi meu cão-guia por oito anos. No começo, as diferenças eram imensas. Eu mesmo não confiava tanto no cão. Existe o pensamento: ‘será que ele vai me guiar como o Braille?’. O Klauss, até agora, superou todas as expectativas”, conta Sidnei.

O tutor do Klauss relata que sentiu algumas diferenças na forma de guiar. No entanto, a dupla já passou por vários lugares da cidade e não houve transtornos. Sidnei comenta que o período previsto de adaptação é de dois ou três meses. “A dupla ainda está se afinando”, brinca.

O cão-guia Klauss. Foto: Thiago Facchini/O Município

Treinamento e dificuldades

O processo de treinamento de um cão-guia começa muito cedo. O animal é escolhido ainda quando filhote e passa por uma avaliação. Posteriormente, o cão é recebido por famílias socializadoras. Tratam-se de pessoas voluntárias que levam o “futuro cão-guia” para todos os ambientes.

A legislação garante o acesso do cão em socialização em todos os lugares, como local de trabalho, restaurantes e outros estabelecimentos privados. A ideia é que o cão se adapte a todos os ambientes que, no futuro, deverá acompanhar a pessoa com deficiência visual.

Depois do período de socialização, o cão-guia volta para o curso de cães-guias. Após passar por todas as fases e ser aprovado, um edital é aberto e pessoas com deficiência visual podem se inscrever.

“Em Santa Catarina, nós somos privilegiados. Além do IFC de Camboriú, que tem uma escola de treinadores, nós temos no estado a escola Helen Keller e o Instituto Magnus. Somos o estado que mais têm cães-guias”, conta.

O cão precisa ter o perfil da pessoa que guiará, como tamanho e velocidade de caminhada. Caso a pessoa com deficiência visual caminhe rápido, por exemplo, o cão deve possuir uma forma de guiar em uma velocidade semelhante ao caminhar da pessoa com deficiência visual.

Sidnei e Klauss após saírem de casa. Foto: Thiago Facchini/O Município

Sidnei relata que ainda existem algumas dificuldades para acesso com cães-guias em estabelecimentos privados de uso coletivo, mesmo que a legislação garanta o acesso. Entretanto, o tutor do Klauss comenta que já houve épocas em que a desinformação era maior, o que aumentava as dificuldades.

Hoje em dia, os maiores transtornos de acesso com cães-guias, para Sidnei, ocorrem na hora de entrar em carros de aplicativo. O temor por sujar o carro é o que motiva a negativa por parte dos motoristas. No entanto, os cães são treinados para passar toda a corrida no chão do veículo.

“Nos estabelecimentos privados de uso coletivo, é mais fácil. Mostramos a lei, a pessoa entrega e ‘não há como fugir’. Em carros de aplicativo, fica mais complicado. Esperamos que, com o passar do tempo, os motoristas entendam esta nossa necessidade”, finaliza.


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