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Mesmo com IPCA-15 suave em abril, economistas têm dúvidas sobre Copom

A “prévia” da inflação oficial divulgada nesta sexta-feira (26) trouxe boas notícias sobre a trajetória das variações de preços no curto prazo, até com algumas revisões para baixo do IPCA fechado do mês. Porém, mesmo com dados benignos de núcleos no IPCA-15, os economistas alertam que o Banco Central tem batido na tecla da desancoragem das expectativas e que, por conta disso, não há consenso sobre a próxima decisão de juros pelo Copom.

O IPCA-15 de abril registrou avanço de 0,21%, enquanto o acumulado nos últimos 12 meses desacelerou de 4,14% para 3,77% em um mês.

Para Igor Cadilhac, economista do PicPay, do ponto de vista qualitativo, a leitura do indicador foi melhor do que a esperada e a melhora quase que disseminada nos núcleos foi animadora, reforçando o cenário desinflacionário no curto prazo.

Embora aos olhos do ciclo de cortes da Selic, esse panorama saudável possa contrabalançar o cenário externo mais incerto, Cadilhac diz que, dada a provável piora nas projeções de inflação para 2025 no modelo do BC, esse desemprenho não deve reduzir as expectativas de redução de 25 pontos-base na Selic já no próximo Copom, interrompendo a sequência de cortes de 0,50 p.p.

Por ora, o economista diz que mantém sua projeção de um IPCA de 3,6% ao final do ano. Entre os eventuais riscos de baixa estão o combate à inflação de forma sincronizada mundo afora, o bom contágio dos preços de bens sobre os demais preços e o comportamento dos núcleos e sua inércia.

“Do outro lado, temos monitorado uma maior resiliência na inflação de serviços em função de um hiato do produto mais apertado e os aumentos salariais dado o baixo desemprego, os ganhos reais recentes e a regra do salário-mínimo”, lista..

João Savignon, head de pesquisa macroeconômica da Kínitro Capital, destaca no indicador divulgado hoje tanto a média dos núcleos, que ficou em 0,19%, ante os 0,23% do mês anterior  – em 12 meses, ela recuou de 3,88% para 3,61% – como a difusão do índice, que passou de 52,6% dos itens para 49,8%. Mas ele cita que a difusão dos serviços subiu de 55,4% para 62,5%.

O economista afirma que a projeção de 0,37% para o IPCA fechado de abril deve ser ligeiramente revisada para baixo, uma vez que parte da surpresa de hoje se concentrou em itens cujas variações se repetem no índice cheio.

Ele avalia que diante do atual cenário inflacionário, o BC poderia seguir com o seu guidance atual, promovendo mais um corte de 50 bps na reunião de maio e indicar a desaceleração do ritmo a partir da reunião de junho, mas pondera que outros fatores deve exercer pressão na decisão.

“A mudança recente da comunicação da autoridade monetária por conta do cenário externo, aliada à reprecificação dos ativos e nova desancoragem das expectativas inflacionárias e fiscais devem levar o Copom a antecipar essa desaceleração do ritmo de cortes e a uma Selic terminal mais elevada, de 9,75%”, estima.

Atenção com serviços subjacentes

Claudia Moreno, economista do C6 Bank, também avalia que a desaceleração de abril veio espalhada por vários itens, mostrando uma composição benigna. No entanto, ela pondera que a inflação de serviços subjacentes, categoria que exclui os itens mais voláteis e é a mais olhada pelo Banco Central, segue pressionada pelo mercado de trabalho aquecido. “Os serviços subjacentes subiram 0,38% em abril, acumulando alta de 4,9% em 12 meses, ou seja, seguem rodando em patamar bastante elevado.”

Na visão do C6 Bank, a persistência da inflação de serviços somada à perspectiva de juros mais altos nos EUA por mais tempo pode levar a uma mudança no plano de voo do BC, que inicialmente previa mais um corte de 0,50 ponto na reunião de maio.

“Discursos recentes da autoridade monetária mostram preocupação com a deterioração do cenário externo e com a alta recente nas expectativas de inflação do Boletim Focus. Com isso, acreditamos que aumentou a chance de o BC ficar mais cautelo e reduzir a magnitude do próximo corte de juros para 0,25 ponto”, diz Claudia.

A visão de Tatiana Pinheiro, economista chefe de Brasil da Galapagos Capital, é similar. “Em nossa opinião, o processo de desinflação aqui garante que o Copom deva continuar cortando juros, mas em ritmo menor devido à maior preocupação do BC ser com o processo de desinflação nos EUA, e o quadro por lá continuar enviesado para pior”, explica.

A Galapagos manteve  a expectativa de uma Selic de 9,25% no final de 2024, com cortes de juros em 25 bps de maio em diante.

Leonardo Costa, economista do ASA Investments, afirma que, a partir dos dados de hoje, a projeção para o IPCA de abril deve ser revista para, passando de 0,34% para algo em torno de 0,30%.

“O IPCA-15 de abril teve qualitativo mais benigno no núcleo de serviços. Contudo, o patamar ainda é elevado e os indicadores antecedentes seguem indicando caminho difícil para a desaceleração adiante”, estima, destacando o mercado de trabalho aquecido e o consumo firme como os principais vetores de preocupação.

Alívio

Para André Cordeiro, economista sênior do Banco Inter, o resultado do IPCA-15 reforça a dinâmica vista em março, dando novos sinais de que a recente piora no perfil da inflação foi fruto da sazonalidade típica do período.

Ele avalia que, dada a recente piora do cenário externo e, consequentemente, a maior cautela por parte do Banco Central, a continuidade do processo de desinflação traz alívio e sugere que há espaço para o Copom continuar a trajetória de cortes já comunicada.

“Mantemos expectativa de corte de 50 pontos-base na reunião de maio, antecipando um comunicado mais cauteloso por conta do atual contexto internacional, com o Comitê passando a dar maior peso para a evolução do cenário externo e retirando o ‘guidance’ para os próximos passos devido à maior incerteza sobre o comportamento futuro da inflação uma vez que a transmissão da piora internacional para a inflação doméstica via câmbio não é totalmente mecânica”, explica.

Cordeiro diz que o retorno à trajetória de cortes previamente comunicada irá depender do andamento de uma melhora do cenário externo. “A manutenção da incerteza no atual patamar já significa uma desaceleração nos cortes a partir de junho, com uma eventual piora do cenário podendo, inclusive, levar a uma pausa no ciclo de cortes.”

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