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Embraer (EMBR3) tem resultado sólido, mas não “empolga” mercado na sessão

OGMA, do Grupo Embraer

A Embraer (EMBR3) divulgou seus resultados do primeiro trimestre de 2024 (1T24), que tiveram uma recepção morna do mercado, com as ações caindo cerca de 1% na sessão desta terça-feira (7).

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) foi de US$ 47 milhões (excluindo US$ 11 milhões em despesas de EVE), 27% acima do consenso, mas 20% abaixo da estimativa do JPMorgan e comparando com apenas US$ 10 milhões do ano anterior.

Os principais pontos positivos foram: i) a receita líquida crescendo 25% na base anual, atingindo o melhor nível para um 1T desde 2018, ajudado pelo aumento nas entregas durante o ano, especialmente no segmento bizjet; ii) a margem Ebit de Serviços e Suporte permaneceu a mais forte em 12,3% versus 13,3% no 1T23 e em comparação com a margem EBIT consolidada de 0,8%; iii) o prejuízo líquido ajustado (ex-EVE) foi negativo em US$ 13 milhões, comparando com a projeção do JPMorgan em -US$ 9 milhões e consenso em -US$ 34 milhões.

Os principais pontos negativos foram: i) a margem Ebit de defesa foi de -13,8% versus +5,3% um ano atrás, impactada por problemas na cadeia de suprimentos e menor diluição de custos; ii) margem Ebitda ajustada de 5,3%, 1,6 ponto percentual (pp) abaixo do que esperava, mas acima de 3,8 pp face ao período homólogo; e iii) a Embraer teve um consumo de caixa de US$ 346 milhões, melhor que o nível do 1T23 de US$ 399 milhões.

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Para o Itaú BBA, por sua vez, a Embraer reportou resultados no 1T24 abaixo das expectativas, principalmente devido aos menores níveis de rentabilidade, resultando em uma perda de Ebitda consolidado. Isto foi atribuído principalmente ao mau desempenho nas divisões comercial e de defesa, influenciado por fatores típicos de sazonalidade e desafios da cadeia de abastecimento. A empresa reiterou o seu guidance para 2024.

Já durante a teleconferência, a administração enfatizou as suas expectativas de que os problemas da cadeia de abastecimento melhorem ao longo do ano e que a produção comercial e a entrega retornem aos níveis pré-pandemia nos próximos anos, aponta o BBA, que mantém recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) para a empresa.

Também em teleconferência, a Embraer resolveu ser mais clara com relação à notícia de dias atrás de que planejava desenvolver novo modelo, que concorreria diretamente com os aviões produzidos pela Boeing e Airbus.

“Estamos focados em vender e entregar os produtos que nós temos hoje, que são modernos e competitivos. Continuamos a fazer estudos de alternativas de novos produtos no futuro, mas nós não temos nenhum plano concreto para desenvolver ou lançar aviões de grande porte, neste momento”, disse Francisco Gomes, CEO da companhia.

O executivo ressaltou que a “época é de colheita” e que a carteira de produtos atual da empresa “é altamente competitiva”. Ele comentou ainda que há interesse de clientes nos próximos anos por aeronaves narrow bodies (fuselagem estreita), mas que a empresa enxerga oportunidade nesse tipo de aeronave mais na versão de pequeno porte.

Persistente problema com fornecedores

A companhia também voltou a citar problemas na cadeia de suprimentos, embora ela tenha melhorado. “Mas ainda há desafios para componentes específicos. Alguns deles estão limitando nossa produção. Também houve atrasos. Eles (fornecedores) estão entregando as peças, mas não estão entregando dentro do prazo para nos ajudar na produção”, afirmou Francisco Gomes.

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“Tivemos que fazer alguns ajustes no nosso cronograma de produção, que acabam afetando nossa produtividade, e em alguns casos coloca em risco algumas entregas”, complementou.

Entregas baixas em relação ao guidance

Na aviação executiva, a Embraer entregou no 1T24 apenas 18 jatos – a estimativa para o ano na classe é de 125 a 135 unidades. Já na aviação comercial, foram entregues no mesmo período sete aeronaves e a projeção da empresa para 2024 está entre 72 a 80 unidades.

Mesmo com esses números tímidos no 1T24, a fabricante garantiu o cumprimento do guidance de entregas para esse ano.

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”Há muitos fornecedores que melhoraram, mas ainda há fornecedores com dificuldades de entregar as peças que precisamos dentro do prazo. E isso causa dificuldades na nossa produção”, comentou o CEO.

Em meio aos desafios na área de suprimentos, a empresa planeja crescimento para o futuro. “No ano que vem, nós esperamos aumentar a produção dos nossos jatos comerciais, o que nos deve levar à produção de 3 dígitos ”, garantiu o executivo.

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