O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), vai usar a presença de bolsonaristas na área VIP do show da cantora Madonna no último sábado (4) contra Alexandre Ramagem (PL), deputado federal e seu principal adversário nas eleições deste ano. O ex-diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) vinha criticando a Prefeitura da capital por gastar R$ 10 milhões com o evento.
Apesar das críticas da Ramagem e outros bolsonaristas, Fábio Wajngarten, assessor e advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro; o governador do estado, Cláudio Castro (PL); e o senador Jorge Seif (PL-SC) estiveram no show no fim de semana.
Paes já planejava usar o tema como arma contra os bolsonaristas, já que vinha sendo criticado por bolsonarista enquanto Castro também investiu o mesmo valor (R$ 10 milhões) do governo na atração. A presença do grupo no evento apenas deu mais munição ao prefeito.
Um dia depois do show, Ramagem publicou imagens da apresentação de Madonna e questionou o investimento de dinheiro público no evento. “Com milhões de reais de dinheiro públicos investidos nesse ‘espetáculos’, vale a pergunta ao cidadão: Qual a construção ou desenvolvimento intelectual, moral ou familiar desse show?”, afirmou.
O deputado bolsonarista Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) chegou a denunciar o evento a órgãos públicos por conta da falta de classificação indicativa na divulgação do evento. “Meu problema é em relação às crianças e com a lei”, afirmou, alegando que o grupo que esteve na área VIP é formado por “adultos”.
Seif, por sua vez, alegou que foi convidado pela mulher, Catiane Seif, que é fã da cantora. O senador reclamou que o show “virou um palco político, ideológico e partidário”.
