Um menino de 2 anos morreu depois que um falso ronco mascarou um quadro de leucemia, tipo de câncer que afeta as células sanguíneas. A criança chegou a ficar em coma e teve episódios de vômito, febre e suores noturnos.
Câncer no sangue foi mascarado por ‘ronco’
Mason, de apenas 2 anos, começou a apresentar o que a mãe acreditava serem roncos causados por uma tosse em 2019, conforme publicado pelo jornal britânico The Sun. Além disso, o bebê também sofreu com febre e suores noturnos.
Natural de Southampton, no Reino Unido, Mason passou por um processo intenso com diversas idas a especialistas.
Com medo, Ellie Keating, mãe de Mason correu com a criança para o hospital pelo menos quatro vezes no intervalo de três meses. No entanto, o desespero surgiu quando o menino começou a apresentar sensibilidade à luz e dificuldade para ficar em pé.
“Uma das principais preocupações para mim era essa tosse, era muito forte. Começou a fazê-lo roncar à noite e ele nunca tinha roncado antes. O diagnóstico de câncer nem tinha passado pela minha cabeça como possibilidade, eu não conhecia os sintomas”, relembrou a mãe.
Foi assim que Mason foi finalmente diagnosticado com leucemia linfoblástica aguda de células T – o que obrigou os médicos a colocarem o menino em coma durante um procedimento de diálise.
Após retornar do coma, o filho de Ellie foi submetido a sessões intensas de quimioterapia, além de tratamento com esteroides, mas nenhuma das abordagens surtiu efeito e Mason morreu depois de uma semana, em 2020, um ano após os primeiros sintomas.
Primeiros sinais
De acordo com o depoimento da mãe ao The Sun, o menino começou a ter sintomas muito parecidos com os de um resfriado em 2019. Como Mason não estava na creche, Ellie então desconfiou que o problema fosse apenas consequência do inverno.
O diagnóstico veio após uma radiografia de tórax e exames de sangue revelarem a doença: Mason tinha leucemia.
“Ele estava vomitando e seu cocô parecia que ele tinha engolido tabaco, era muito pequenininho. Quando voltei para aquela sala e o vi todo conectado às máquinas e aos tubos em sua boca, ele parecia tão pequeno. Eu simplesmente senti que não havia nada que eu pudesse fazer”.
O caso do filho de Ellie surpreendeu os médicos e, segundo ela, a própria equipe responsável pelo caso dele disse que 97% das células sanguíneas do menino eram cancerígenas.
Uma das opções era um tratamento unindo quimioterapia e radiação, mas os danos ao cérebro do menino poderiam ser gravíssimos.
“Ele amava a vida. Cada dia era uma aventura, ele era muito atrevido e todos adoravam ele. Ele amava os animais e tinha um coraçãozinho tão gentil”, lamenta a mãe.
Na noite anterior ao enterro de Mason, Ellie descobriu que estava grávida novamente. Agora, a ‘missão’ que ela segue é a de tentar conscientizar outros pais sobre a importância de ficar atento aos sinais e sintomas do câncer, para que o exemplo de Mason possa alertar outras pessoas.
“Minha mensagem aos pais seria para que se mantenham 100% firmes e confiem em seus instintos, porque o diagnóstico precoce pode salvar vidas. Não consegui salvar Mason, mas se consegui salvar a vida de uma criança, fiz a minha parte”, finaliza.