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‘Difamação, desqualificação e humilhação’, relatório revela os casos de assédio sofridos por pessoas LGBT+ no mercado de trabalho em Uberlândia


Levantamento do Observatório de Pessoas LGBTQIA+ em parceria com a Rede Trans Brasil traz respostas de 50 pessoas que estão ou estavam trabalhando enquanto sofreram algum tipo de assédio moral. Relatório do revela padrão nas ofensas contra o público LGBT+ difamação, desqualificação e humilhação
Marcelo Camargo/Agência Brasil
Neste dia 17 de maio é celebrado o Dia Internacional contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia, crimes que no Brasil têm pena de um a três anos de prisão. Na data, o Observatório de Pessoas LGBTQIA+ de Uberlândia, em parceria com a Rede Trans Brasil, apresenta um relatório sobre casos de assédio contra esses grupos no mercado de trabalho.
O assédio pode ocorrer com pessoas de todas as orientações sexuais, mas em casos de pessoas LGBT+, se percebe um padrão nas agressões: difamação, desqualificação e humilhação, segundo dados do relatório.
Em 2023, foram registrados mais de 500 casos de crimes relacionados à homofobia apenas em Minas Gerais, segundo levantamento da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MG).
A pesquisa digital feita pela Rede Trans Brasil em maio de 2024 com a população de Uberlândia. Foram entrevistadas 50 pessoas que estão ou estavam no mercado de trabalho formal e sofreram algum tipo de assédio moral.

O relatório apresenta dados sobre o tipo de assédio que a comunidade LGBTQIA+ sofre no ambiente de trabalho, além de traçar um perfil dos entrevistados. Veja abaixo alguns dos dados obtidos pela pesquisa.
Todas as pessoas entrevistadas na pesquisa disseram que sofreram algum tipo de assédio.
Entre os tipos de assédios vivenciados, comentários maldosos, calúnias e desqualificação dos funcionários são os mais recorrentes.
Passe o cursor em cima para ler de forma completa cada situação.
A pesquisa completa com todos os resultados pode ser acessada aqui.
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Casos como os citados no relatório ocorrem diariamente, como é o caso de Sayonara Nogueira, secretária de comunicação da RedeTrans e professora de Geografia.
Segundo a professora, ela sofreu assédio em relação ao uso do nome social em algumas escolas onde trabalhou. Foram anos em que o nome não era respeitado e utilizado, mesmo com reivindicações.
“Desde 2007 eu solicitava para os gestores que me chamassem pelo nome com o qual eu me identificava, alguns se sensibilizavam e respeitavam o meu pedido e outros se negavam. Esse quadro só mudou quando consegui via judicial a retificação dos meus documentos em 2014”, disse.
Ao longo dos anos, a professora percebeu mudanças em relação aos direitos e conquistas da comunidade LGBT+ no mercado de trabalho. Empresas criaram comitês de diversidade, além de processos seletivos com vagas específicas para a comunidade, mas quando se fala de permanência, a conversa é diferente.
“É perceptível mudanças em relações aos direitos. Empresas convidando ativistas para trabalhar a sensibilização de outros colaboradores em relação a presença das pessoas LGBTQIA+ nas organizações. Mas, além da inclusão é preciso a permanência, já que o trabalho é um direito essencial para todas as pessoas para que se alcance uma vida digna”, finalizou.
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