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Novo susto: adolescente que realizava sonho de voar de parapente em que piloto morreu sofre outro acidente

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Na segunda queda, Dafiny do Carmo, de 13 anos, e o piloto não se feriram com gravidade. Acidente aconteceu neste sábado (24). Corpo de Bombeiros e Samu socorreram as duas vítimas no último sábado (24) em Sete Lagoas
Corpo de Bombeiros/Divulgação
A estudante Dafiny do Carmo, de 13 anos, passou por um novo susto em outro acidente com parapente em Sete Lagoas, na Região Central de Minas Gerais, neste sábado (24). Foi o segundo acidente envolvendo a jovem na Serra de Santa Helena.
Ela, que sonhava voar de parapente, teve a história contada pelo Fantástico deste domingo (25). Durante este voo, o piloto Gilberto Araújo morreu, provavelmente de infarto (veja mais informações abaixo).
Piloto que morreu em salto de parapente em MG ofereceu voo para menina: ‘Eu vou realizar o sonho dela’
No caso do último sábado, de acordo com o boletim de ocorrência (BO) da Polícia Militar (PM), o piloto do parapente, de 55 anos, não conseguiu pegar uma corrente de ar adequada para voar e caiu de uma altura de cinco metros.
Eles foram resgatados pelo Corpo de Bombeiros e levados para o hospital pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
O piloto estava com dor no peito e Dafiny, na barriga e clavícula.
Primeiro voo, sonho realizado
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Voar sempre foi um sonho da Dafiny do Carmo e a menina do sorriso largo se jogou com coragem. A mãe registrou cada momento da novidade, numa mistura de medo e orgulho pela conquista da garota.
“Oi gente. Estou aqui na Serra e vou fazer um voo de parapente. Vou voar. Eu vou ser super-heroína”, disse a menina na gravação feita pela mãe.
Dafiny e a mãe vendem bombons e cones de chocolate pelas ruas de Sete Lagoas, em Minas Gerais. Ir até a Serra de Santa Helena, ponto mais alto da cidade, foi uma estratégia para aumentar as vendas naquele dia. Foi quando a Dafiny conheceu o Gilberto Araújo, piloto de parapente com mais de 20 anos de voos nessa região.
“Ele até comprou um cone na minha mão, falou que era uma delícia, comeu lá na minha frente. E me deu uma caixinha de R$ 10. Eu fiquei tão feliz, eu falei: ‘Meu sonho é andar nisso.. E eu creio que um dia eu vou andar”, disse.
Gilberto morreu durante voo de parapente.
TV Globo/Reprodução
Ela ainda não sabia, mas o dia já tinha chegado. Na tarde daquele mesmo domingo, mãe e filha voltaram à Serra e reencontraram o piloto.
“O Gilberto estava aterrissando, chegando de um voo”, conta Karine do carmo, mãe de Dafiny.
Gilberto Araújo pediu a autorização da Karine para que Dafiny pudesse voar.
“A senhora deixa ela voar? Eu vou realizar o sonho dela”.
Da terra firme, ninguém poderia imaginar o que estava acontecendo. A alegria do passeio virou aflição.
“A gente deu a volta na igrejinha e voltamos. E quando voltamos, ele falou que a última coisa comigo: ‘é muito bom,não precisa ter medo’. E nessa hora ele parou de falar”, relembra a jovem.
Em algum momento entre o pedido de ajuda e o pouso forçado, Gilberto morreu. De acordo com o Samu a causa mais provável foi infarto.
Um piloto de parapente viu as imagens. Ele acha que, mesmo passando mal, Gilberto ajustou o rumo do voo, e que isso pode ter salvado a menina.
Dafiny e a mãe, denise.
TV Globo/Reprodução
“Por ele ter direcionado o parapente pra uma área segura numa área que é considerada próxima de uma área de pouso deles, eu acho que ele teve uma decisão assim final que acabou colaborando”, diz Davison Oliveira.
O parapente desceu rapidamente uma altura de 20 metros e caiu nos galhos de uma árvore. Dafiny teve apenas arranhões no corpo.
O que diz a Agência Nacional de Aviação Civil
A Agência Nacional de Aviação Civil (ANac) recomenda a filiação de pilotos e instrutores à Confederação Brasileira de Voo Livre, mas essa filiação não é obrigatória. Gilberto Araújo não era filiado à confederação.
Também não são obrigatórias as orientações da confederação aos seus associados, relativas à formação e treinamento dos pilotos e a procedimentos de segurança dos voos, que incluem, por exemplo, o uso de capacete. Pelo menos no seu último voo, Gilberto estava sem capacete.
Ainda muito abalada, a mulher de Gilberto não quis conversar com o Fantástico. A história que a Dafiny agora tem pra contar é feita só de amor e gratidão.
“Tanto que as pessoas falam assim: você foi a última pessoa que viu ele. E eu tenho certeza que ele está muito feliz de ter realizado o seu sonho”, conta emocionada.
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