Veja o telefone 2a do Nothing, por exemplo. É um smartphone acessível, com hardware decente e bastante agitação de marketing em torno dele. O que ele tem é um design diferente de praticamente qualquer outro no mercado. Eu não diria que gosto do design pessoalmente, mas é preciso admirar a ousadia de uma marca disposta a fazer as coisas de maneira diferente dos grandes, como a Samsung, cujo design do Galaxy S é confortável, mas totalmente monótono. A última vez que a Samsung se arriscou com seu design foi com a série Galaxy S21, um desvio do design de fato da empresa coreana.
Você poderia dizer o mesmo da série OnePlus 12, que compartilha sua estética básica com o lindo Find X7 Ultra da Oppo. De alguma forma, o telefone lançado globalmente foi aquele com o design menos interessante.
Então, o que há de interessante no mundo dos smartphones?
Telefones roláveis, como o Phantom Ultimate da Tecno, estão em sua infância e problemas de durabilidade atualmente os impedem de entrar na fase de produção. Os telefones dobráveis, especialmente no segmento Flip, deverão se tornar produtos convencionais em 2024, enquanto os aparelhos do tipo Fold também se tornarão um pouco mais baratos.
Vimos que a alemã T-Mobile acha que os smartphones não precisarão mais de aplicativos e que tudo será feito com IA, assim como o Rabbit R1 que estreou durante a CES 2024 em janeiro.
E acredito que é daí que virá a inovação de 2024. A maior inclusão da IA nos smartphones, não como um substituto de aplicativos, mas como uma ajuda nas tarefas diárias. Muito parecido com o que a Samsung conseguiu com a série Galaxy S24 com sua função Circle to Search e uso de Generative AI para editar fotos nativamente na galeria sem adicionar outro aplicativo ou ocultá-lo no menu. É disso que se trata 2024. A capacidade de fornecer aos smartphones inteligência artificial que faz parte do software operacional do telefone ou dos aplicativos do sistema integrados oferece aos usuários novas opções sem sobrecarregá-los, pedindo-lhes que façam algo diferente.
Se você usa um telefone fabricado nos últimos quatro ou cinco anos, é quase certo que ele possui um pequeno processador chamado NPU integrado para processamento neural. Esses NPUs têm ajudado a câmera do seu telefone a determinar as condições de iluminação, aumentar o HDR para Ultra HDR e até mesmo processar imagens RAW em tempo real. Então, você vê, a IA está conosco de alguma forma já há algum tempo; está apenas em segundo plano. Em 2024, a IA estará na frente e no centro e provavelmente se tornará ainda mais visível à medida que o ano avança.
Definitivamente, apenas testemunhamos a primeira fase da IA nos smartphones. Esperançosamente, à medida que a tecnologia de hardware melhora e novas possibilidades de IA são descobertas, ainda poderemos ver alguns novos formatos entrarem em ação – seja um smartphone rolável, um dispositivo multi-dobrável ou talvez algo que nunca vimos antes de novos jogadores, como o Coelho R1. Como sempre, estamos à espera que a tecnologia alcance os nossos sonhos e esperanças, mas ela está a chegar. Breve.
Estamos à beira de uma mudança no mundo dos smartphones e há muito pelo que esperar. Esperançosamente, alguns dispositivos estranhos serão produzidos para estimular o segmento como um todo em termos de inspiração e competição. É apenas uma questão de saber se estamos prontos para aceitar o futuro e se marcas como Samsung e Google manterão as suas posições no mercado à medida que mudam.
O futuro dos smartphones é emocionante. Só temos que esperar até que chegue aqui.
