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Vídeos mostram pacientes em leitos improvisados nos corredores do HC da Unicamp em superlotação

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Unidade anunciou nesta terça-feira (16) que está com três vezes mais gente do que comporta. Imagens mostram como usuários do serviço têm sido acomodados diante do cenário. Imagens mostram superlotação no setor de emergência do HC da Unicamp
Imagens obtidas pela reportagem da EPTV mostram os corredores do setor de emergência do Hospital de Clínicas da Unicamp tomados por macas com pacientes. A unidade anunciou superlotação nesta terça-feira (12) quando informou estar com três vezes mais gente do que a capacidade do local.
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Com 30 leitos, a Unidade de Emergência Referenciada (UER) para adultos no Hospital de Clínicas da Unicamp registrou 93 pacientes nesta tarde.
Por isso, o setor adotou medidas que vão desde a comunicação dos serviços de resgate e regulação até a indicação de que não há previsão de atendimento de pacientes com menor grau de risco. As ações foram tomadas por tempo indeterminado.
Segundo o hospital, a unidade está atuando com “sobrecarga da área física, de equipamentos e de recursos humanos e materiais”.
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Espera de até 30 horas
Os pacientes que precisaram do atendimento entre segunda e terça chegaram a relatar espera de quase 30 horas por internação. Foi o caso da doméstica Sirlene Foque Barbosa, que chegou a passar a noite nas cadeiras da unidade com a guia de internação em mãos e não havia conseguido leito até 19h30.
“Eu cheguei ontem era meio-dia. Estou esperando a internação. Vou ter que fazer uma série de exames. Vou ter que internar pra isso. Eu estou aguardando desde ontem. Ela falou que eu tinha que internar porque meu caso é sério. E até agora nada. Tô esperando. A gente já dormiu aqui… dormiu nada! A gente tira um cochilo na cadeira”, contou.
A dona de casa Yvone Terezinha Azevedo relatou estar há mais de seis horas no local. De acordo com ela, pela falta de espaço no interior da unidade, os pacientes são orientados a entrar e sair a cada etapa do atendimento.
“Lotação. Muita gente, muitas macas. Elas estão todas empilhadas. Não tem condição de ficar lá. Então medica, põe pra fora, faz um exame, põe pra fora de novo e fica esperando os resultados saírem”, disse.
Sem relação com dengue e covid
A superintendente do HC, Elaine Ataíde, afirmou que o problema da lotação é crônico, e afirmou não ter relação com aumento de casos de covid e dengue.
“É um assunto recorrente essa questão da superlotação da porta de urgência e emergência, que era pra se uma porta referenciada e é sempre uma realidade que a gente tem que enfrentar. Nesse momento, como esse aumento é crônico, ele não tem a ver com picos de dengue e covid, o que não deixa, óbvio, de ter uma importância da dengue no estado de São Paulo”, afirmou.
Elaine defendeu que, para sanar o problema, sejam feitas parcerias com os hospitais de outros municípios da região para que casos que não sejam de alta complexidade não precisem ser direcionados para o HC,
“Nesse momento, aumentar os leitos demandaria muito tempo e a gente precisa de tudo isso pra ontem. então o que é mais racional – e inclusive mais econômico – é a gente observar o que temos de capacidade instalada nas cidades da região e fazer uma parceria com elas”, afirmou.
Rede pressionada
A sobrecarga não se restringe ao Hospital de Clínicas. A lotação nos prontos-socorros tanto da rede municipal quanto na Unicamp – motivou a convocação de uma reunião extraordinária na Prefeitura de Campinas (SP) para discutir o problema. O cenário na cidade, até o início da noite desta terça-feira (12), era o seguinte:
Unidade de Emergência adulto do Hospital de Clínicas da Unicamp: 30 leitos e 91 pacientes internados.
Hospitais municipais (Mário Gatti e Ouro Verde): prontos-socorros com todos os leitos ocupados.
Hospital PUC-Campinas: atendimento SUS da Unidade de Emergência com atendimento acima da capacidade instalada.
Notificação aos serviços de resgate
Com a situação, a superintendência solicitou que a Central Estadual de Regulação de Vagas (Cross), o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) e os serviços de resgate das rodovias de toda a região não encaminhem pacientes para o setor de emergência adulto.
O Corpo de Bombeiros e o helicóptero Águia, da Polícia Militar também foram notificados pelo HC.
“A Superintendência do Hospital de Clínicas da Unicamp reafirma sua finalidade para atendimento de casos graves referenciados de toda a região e conta com a compreensão da população até que a situação se normalize”, completou a unidade.
Em um comunicado afixado na recepção do hospital, a superintendência comunica as seguintes medidas diante da superlotação:
Procura espontânea (porta aberta): priorização dos pacientes com quadro clínico de maior gravidade
Não serão aceitos casos via Cross ou Samu de qualquer especialidade
Estão garantidos todos os pacientes de emergência para pacientes graves
Sem capacidade de ampliação
O g1 questionou a unidade sobre a previsão para abertura de novos leitos e o hospital informou que não existe área física, equipes, redes de gases medicinais extras e materiais suficientes para a ampliação.

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