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Bordadeiras do Rio Grande do Norte confeccionam o uniforme que a delegação brasileira vai vestir na abertura dos Jogos de Paris

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As peças são todas feitas com matéria prima reciclada. Saia branca para as mulheres, calça branca para os homens. Camisetas nas cores da bandeira brasileira e jaquetas jeans, com os bordados artesanais nas costas. Bordadeiras do Rio Grande do Norte confeccionam o uniforme que a delegação brasileira vai vestir na abertura dos Jogos de Paris
Jornal Nacional/Reprodução
Bordadeiras do Rio Grande do Norte estão confeccionando o uniforme que a delegação brasileira vai vestir na abertura dos Jogos Olímpicos de Paris.
Desenha, costura, engoma, esquenta, corta. No passo a passo do bordado, todos os detalhes fazem diferença no resultado final.
“A linha, várias cores e o capricho é o mais importante”, diz a bordadeira Iraneide Batista de Araújo.
Para quem segue o ofício como manda a tradição, há também a crença de que o sentimento de quem borda vai parar na roupa.
“O segredo do bordado é o tempero do amor. É uma arte que vem de geração em geração. Então, a gente aprendeu a arte com o carinho das mães”, conta a bordadeira Salmira Clemente.
Eis aí o ponto de partida dos uniformes que logo serão vistos em uma das capitais da moda no planeta. Timbaúba dos Batistas está a mais de 7 mil km da França. E foram mulheres de lá que transportaram para as roupas dos atletas um pouco de Brasil. Pelas mãos das bordadeiras, onças, tucanos e araras vão ser exibidos aos olhos do mundo em Paris.
No total, 80 bordadeiras trabalharam nas peças que serão utilizadas na cerimônia de abertura. Vivendo no semiárido do Rio Grande do Norte, todas se habituaram a uma rotina: não costumam ver de perto quem de fato usa o que elas costuram.
Uma realidade sacudida pela Bárbara Domingos, da ginástica rítmica. Ela já assegurou o lugar dela nos Jogos Olímpicos e foi a primeira atleta da delegação a ter acesso aos uniformes. Bárbara ganhou o direito de ver roupas e enxergou as histórias humanas por trás dos tecidos.
“Cada momento que eu vejo aqui, eu fico emocionada, porque a gente vê cada detalhezinho preparado para a gente, para um momento tão especial”, diz Bárbara Domingos.
Nada melhor, então, do que receber o produto final de quem se dedicou tanto ao projeto.
“Você vai levar a energia das bordadeiras. Isso é uma tradição, e você vai ser campeã”, diz a bordadeira Salmira Clemente para a atleta de ginástica rítmica Bárbara Domingos.
As peças são todas feitas com matéria-prima reciclada. Saia branca para as mulheres, calça branca para os homens. Camisetas nas cores da bandeira brasileira e jaquetas jeans, com os bordados artesanais nas costas.
165 brasileiros já estão classificados para vestir os uniformes. A produção continua, porque esse número pode chegar perto de 300 até o início do torneio.
Vale lembrar que os atletas vão usar essas roupas em um desfile diferente. Nada de caminhar em estádios. Os competidores vão ficar em barcos, navegando pelo Rio Sena, com espectadores às margens. É em 26 de julho. Para as bordadeiras já está marcado no calendário. Um dia de compromisso inadiável.
“Ficar em frente à televisão e não sair nenhum minuto”, diz a bordadeira Iraneide Batista de Araújo.
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