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A cronologia do sequestro: criminoso fugia desde domingo, após roubar passageiros de van


Dois dos assaltados ajudaram a polícia a refazer os passos de Paulo Sérgio de Lima. Sequestrador de ônibus no Rio voltará para cadeia
O homem que sequestrou um ônibus na Rodoviária do Rio e manteve 16 pessoas reféns por 3 horas nesta terça-feira (12) estava fugindo do tráfico de drogas desde domingo (10), após roubar passageiros de uma van.
Duas das vítimas desse assalto foram até a 4ª DP (Praça da República) e apontaram o sequestrador Paulo Sérgio de Lima como o ladrão — o criminoso estava usando um cordão de ouro levado de uma delas quando se rendeu.
O depoimento dos assaltados ajudou a polícia a refazer os passos de Paulo Sérgio até sua prisão. “Havia uma peça que não encaixava”, disse o delegado Mário Andrade, da 4ª DP (Praça da República). Essa peça foi o roubo à van.
Paulo Sérgio de Lima, o homem que sequestrou um ônibus na Rodoviária do Rio e manteve 16 pessoas reféns por 3 horas
Reprodução/TV Globo
Domingo, 10
Paulo Sérgio anuncia um assalto dentro de uma van que fazia a linha Tijuquinha-Gávea. Entre os pertences levados está um cordão de ouro.
Na altura da Rocinha, o criminoso manda o motorista parar. Paulo desembarca e sai correndo.
Mas alguns dos passageiros decidem perseguir o ladrão. Metros adiante, todos se deparam com traficantes, e as vítimas os alertam sobre o roubo.
“Os traficantes foram na direção do Paulo. Ele, temendo pela sua integridade física, sacou sua arma e atirou contra um deles, ferido por estilhaços na perna”, narrou o delegado.
Paulo consegue fugir tanto dos assaltados quanto dos traficantes.
Sequestro com reféns na rodoviária Novo Rio, nesta terça-feira.
CLéBER MENDES/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO
Segunda-feira, 11
O criminoso se hospeda em um hotel e passa o dia escondido.
Terça-feira, 12
Às 13h51, Paulo chega a um guichê da Viação Sampaio e compra, em espécie, a passagem do semileito para Juiz de Fora (MG) que partiria às 14h30. Ele carrega uma pistola e embarca sem ser revistado.
Às 14h30, o ônibus dá a partida, mas nem sequer sai da Rodoviária. Ao dar ré, o motorista percebe um defeito no ar-condicionado e volta para a baia a fim de pedir ajuda. O motor é desligado para o reparo. Faz calor dentro do coletivo, e alguns passageiros desembarcam — entre eles, Paulo Sérgio.
“Nesse momento, ele achou que seria detido: ou por pessoas a mando do tráfico por conta do disparo que ele efetuou contra o traficante, ou por policiais por conta do roubo que ele havia efetuado”, disse o delegado.
Por volta das 15h, o criminoso saca a arma e atira em Bruno Lima da Costa. Para Paulo, o funcionário da Petrobras era um PM à paisana.
Bruno, atingido no tórax e no abdômen, é levado para o Hospital Municipal Souza Aguiar, onde passa por uma longa cirurgia.
Paulo volta para o ônibus e anuncia o sequestro. São 16 reféns a bordo.
Às 15h40, o sequestrador dispara novamente, agora de dentro do ônibus e contra policiais. Desta vez, não acerta ninguém.
Ruas do entorno da Rodoviária são fechadas. Homens do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) chegam em reforço. Atiradores de elite se posicionam.
Num primeiro momento, Paulo se recusa em negociar. Policiais usam até um megafone para tentar estabelecer um canal com o bandido.
Um celular é entregue a Paulo, que não faz exigências. As tratativas prosseguem.
Às 17h56, quase 3 horas depois, Paulo se rende. Os passageiros saem ilesos.
Todos vão para a 4ª DP a fim de depor.
Dois homens também vão até a delegacia e afirmam que foram assaltados por Paulo dentro de uma van.
Os reféns são liberados. Alguns seguem viagem para Juiz de Fora, outros ficam no Rio.
Bruno é transferido para o Instituto Nacional de Cardiologia.
Paulo passa a noite na carceragem da 4ª DP.
Bruno Lima de Costa Soares foi baleado durante sequestro em ônibus no RJ
g1
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