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Mostra entroniza Maria Bethânia no reino das palavras e expõe a artista pela janela dos sentidos audiovisuais


Em cartaz até 9 de junho, em São Paulo, exposição sobre a intérprete também apresenta dois bordados entre instalação e raras fotos de família. ♪ Mostra aberta pelo Itaú Cultural na cidade de São Paulo (SP) na noite de ontem, 13 de março, a Ocupação Maria Bethânia se desvia da rota biográfica de exposições do gênero. O objetivo é oferecer “olhar poético” da artista nascida em Santo Amaro da Purificação (BA), em 18 de junho de 1946, e entronizada em cena há 60 anos.
“Não queríamos fazer algo sobre momentos históricos, shows, situações já conhecidas do público. Queremos que as pessoas saiam dessa Ocupação entendendo a importância da palavra, do rigor, do valor da terra natal e de seu povo na vida de Bethânia”, conceitua Bia Lessa, curadora da mostra – em cartaz até 9 de junho, de terça-feira a domingo, com entrada gratuita – e diretora de vários shows da cantora.
Em bom português, a curadoria abre mão da exposição de discos e figurinos de shows, entre outros itens de valor artístico e histórico, para expor Maria Bethânia pelas frestas da janela dos sentidos no reino das palavras e das fotos do acervo afetivo da artista.
Os sentidos afloram através da leitura de palavras de poemas e letras de músicas, da apreciação de obras de artes plásticas assinadas pela cantora e da visão de raras fotos de família, tiradas na infância e a adolescência vividas por Bethânia na interiorana cidade baiana de Santo Amaro (BA).
Maria Bethânia (à esquerda, na frente) posa aos 10 anos com a família na interiorana cidade de Santo Amaro da Purificação (BA)
Imagem da ‘Ocupação Maria Bethânia’ / Divulgação Itaú Cultural
A mostra ocupa o piso térreo do Instituto Itaú Cultural – com a exposição de 98 fotos raras e/ou inéditas que retratam diversos aspectos do ambiente social em que surgiu a artista – e se estende até o primeiro andar, aonde foi alocada instalação audiovisual composta por 47 monitores com imagens documentais de diferentes períodos da vida e obra de Maria Bethânia, realçando o diálogo da artista com a poesia e a literatura.
A Ocupação Maria Bethânia também apresenta ao público dois inéditos bordados da artista, O céu de Santo Amaro e Rotas do abismo, nos quais Bethânia se expressa através de imagens e palavras construídas com agulha e linha.
Detalhe: para cada foto exposta no piso térreo do instituto, há uma frase, refletida no chão, que cria contraponto entre o que se vê e o que se escreve. Dessa forma, as palavras de escritores, compositores e poetas – entre eles, Álvaro de Campos (1890 – 1935), Clarice Lispector (1920 – 1977) e Waly Salomão (1943 – 1983) – dançam no solo em diálogo com as imagens vindas do acervo pessoal de Bethânia e da família da artista.
“A palavra, para uma intérprete como eu, é fundamental. Preciso do poeta, do autor, do compositor, do letrista, o nome que se dê. Isso porque preciso de uma leitura, preciso de uma situação, de um sentimento, de uma verdade, de um repúdio, de um elogio, uma declaração de amor. A palavra me conduz”, resume Maria Bethânia, dona do dom.
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