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Entenda por que a promotora que processou Trump no estado da Geórgia vai precisar demitir o ex-namorado


A promotora Fani Willis teve uma relação amorosa com Nathan Wade, que ela mesma nomeou para liderar o caso. Uma das pessoas que ela processou revelou o caso romântido em um documento no qual pedia o afastamento de Fani. Fani Willis e Nathan Wade em 14 de agosto de 2023
Elijah Nouvelage/Reuters
A promotora Fani Willis, responsável por acusar o ex-presidente Donald Trump na Justiça por tentativa de interferência nas eleições de 2020 no estado da Geórgia, nos Estados Unidos, foi autorizada nesta sexta-feira (15) a permanecer à frente do caso desde que seu ex-namorado seja demitido da equipe que ela lidera.
Fani processou Trump e outras 14 pessoas de tentar reverter os resultados da votação para presidente em 2020, que foram vencidas por Joe Biden no estado da Geórgia.
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Em janeiro, um dos acusados pediu para que a Justiça afastasse Fani do cargo porque o principal investigador, o advogado Nathan Wade, que Fani nomeou como promotor, tinha uma relação amorosa com ela.
Além disso, ele pagou passagens de avião para ela –ou seja, o advogado recebeu dinheiro da promotoria e usou uma parte desse dinheiro para comprar passagens para a promotora.
Os documentos do divórcio da promotora Fani Willis comprovam que ela realmente viajou duas vezes com passagens pagas pelo advogado.
Ela admitiu que teve uma relação amorosa com o advogado que ela nomeou para integrar a equipe.
Trump e seus aliados afirmam que se trata de um conflito de interesse e que houve violação do código de ética do estado e do país. Fani afirma que não houve conflito de interesse.
O afastamento de Fani iria atrasar o processo, e a tática de Donald Trump em todos os seus processo na Justiça tem sido tentar prolongar os julgamentos.
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Decisão da Justiça
O juiz Scott McAfee decidiu que Fani pode seguir no caso, mas desde que Nathan Wade, com quem ela teve uma relação amorosa, se afaste.
McAfee concluiu que não há provas suficientes de um “conflito de interesses” devido ao relacionamento íntimo de Fani Willis com Wade.
O juiz afirmou, entretanto, haver “um aparente comportamento inadequado” e denunciou uma “enorme falta de juízo” por parte da procuradora do distrito.
O que os réus dizem
Quatro dos réus na Geórgia se declararam culpados de acusações menores e foram condenados a penas reduzidas, sem prisão.
Trump se declarou inocente de conspirar para reverter os resultados eleitorais de 2020 na Geórgia, onde foi derrotado por Biden por uma margem de 12.000 votos.
Ao lado de Trump, entre os acusados, estão seu ex-advogado pessoal, Rudy Giuliani, e seu último chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows.
O futuro do caso
De acordo com o “New York Times”, apesar de Fani ter permanecido com esse processo, a história com o ex-namorado dela prejudica sua imagem, e que isso pode ser levado em conta pelos jurados na hora de tomar uma decisão.
Tanto Fani como Trump podem recorrer da decisão do juiz McAfee de manter Fani no cargo, o que pode atrasar ainda mais o julgamento.
Fora isso, o Senado estadual (em alguns estados dos EUA, o legislativo é bicameral) está analisando a acusação de conflito de interesses, e existe uma comissão de legisladores que pode investigar e eventualmente demitir promotores.

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