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Rua, resistência e formação: conheça ‘O Circo Tá na Rua’, projeto que democratiza a arte circense em São Luís


Em alusão ao dia do Dia do Circo, o g1 conversou com os idealizadores dessa ação que transforma calçadas e praças de São Luís, em palcos repletos de cores e arte. Rompendo as estruturas físicas dos picadeiros tradicionais, o projeto surgiu no ano de 2013 em São Luís
Acervo Pessoal
Como forma de democratizar a arte circense e levar entretenimento diretamente às ruas, foi assim que surgiu o coletivo ‘O Circo Tá na Rua’. Em alusão ao dia do Dia do Circo, que se comemorou nessa quarta-feira (27), o g1 conversou com o idealizador dessa ação que transforma calçadas e praças de São Luís em palcos repletos de cores e arte.
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Rompendo as estruturas físicas dos picadeiros tradicionais, o projeto surgiu no ano de 2013 em São Luís. Um dos idealizadores dessa iniciativa, Donny Santos, teve a ideia de construir o projeto afim de levar a cultura do circo por meio da ocupação do espaço público, propondo atividades lúdicas para todos os públicos.
O coletivo, que promove treinos de circo público e gratuito para a comunidade toda segunda-feira, na Praça Nauro Machado, surgiu a partir do desdobramento de um outro projeto.
“O Circo Tá na Rua surgiu como desdobramento de um projeto que nós tínhamos em uma escola de artes privada aqui em São Luís. Eu era responsável pela parte do circo, porque foi uma oferta de bolsas para 20 jovens fazerem aulas diversas […]. Nós tivemos uma ação e nessa ação uma pessoa, que foi a Fernanda Marques, perguntou se a gente tinha um lugar para treinar circo. Esse foi um dos motivos que impulsionou a levar esse circo para a praça” disse Donny.
🤹🏼Senhoras e senhores, O Circo Tá na Rua
Desde de julho de 2013, o coletivo realizou diversos eventos, espetáculos, intervenções, saraus, caravanas, festivais e muito circo pela cidade.
“O objetivo é de promover um espaço de troca, multiplicação de visão da arte circense. Nós começamos bem tímidos, não tínhamos materiais. Começamos com coisas emprestadas de outras pessoas. Estamos aí há 10 anos, felizmente, sendo uma das referências de produções e serviços circenses aqui da cidade. Nosso objetivo é esse, sempre manter esse espaço gratuito para que as pessoas possam ter acesso ao circo”, afirma Donny.
O coletivo promove treinos de circo gratuitos que acontecem às segundas-feiras, na praça Nauro Machado, no Centro Histórico de São Luís.
Arquivo Pessoal/Montagem g1
É com malabares variados, bolinhas, claves e argolas, que o grupo leva a magia circense para as ruas da cidade. Dentre as atividades realizadas, estão as famosas “pernas de pau”, que atrai os olhares de quem presencia o espetáculo. Além delas, as pernas de lata também faz sucesso entre o público durante as oficinas.
Para o idealizador, os integrantes do circo são facilitadores. “A gente diz muito que não temos um professor fixo. Se você chegar lá e aprender bolinha, durante duas, três ou quatro semanas, você já pode tá ensinando outra pessoa”.
Coletivo ‘Circo Tá Na Rua’ celebra 10 anos de fundação
A promoção dessas atividades atraiu a felicidade de muita gente. Segundo Donny, o coletivo mudou aquele espaço, e foi a partir da ocupação do espaço público, que também mudou a rotina de quem costuma frequentar o lugar.
Os próprios vendedores ao redor, eles insistem que a gente faça outro dia. Eu tive um relato uma vez de um rapaz que gostava de tá lá. Ele disse que esse dia [nas segundas] era o único dia que ele não queria usar nada, nenhuma droga, nem nada do tipo. Ele só queria curtir o momento.
Um dos objetivos do projeto, é ter uma escola de circo em São Luís. No entanto, um dos principais desafios enfrentados pelo coletivo é a ausência de um espeço físico para a promoção das atividades. Por atuarem em um espaço aberto, o período chuvoso dificulta a realização das atividades. “A rua e a Praça, ela são muito boas para a gente fazer as coisas, mas ela também é muito desafiadora”, relata Donny.
Ao g1, Donny Santos conta que um dos planos futuros, que está em fase de pré-produção, vai levar o circo para 15 cidades do Maranhão e Pará, que são cortadas pela Estrada de Ferro Carajás.
Para quem participa das oficinas e das aulas do projeto como integrante, o encanto pelas artes circenses também se estende às atividades promovidas pelo projeto. Tanto a interação com outros alunos, quanto o aprendizado técnico dos tipos de artes, geram um ambiente mais acolhedor e de muita diversão a quem vai para aprender.
Vitória Candeira, de 19 anos, que é aluna de teatro da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), participou de um Cortejo Circense no ano passado, no Centro de São Luís, que teve o “O Circo Tá na Rua” como um dos idealizadores, diz que pôde conhecer mais de perto o projeto e que isso acrescentou muito em sua vida como artista.
Vitória Candeira vestida da palhaça Vizaza para o Cortejo Circense.
Reprodução/ Arquivo Pessoal
“ Participar do Cortejo Circense foi uma experiência fantástica, cheia de aprendizados e aventuras. Foi divertidíssimo. Ali, tive o imenso prazer de conhecer diversos artistas circenses, que esbanjaram simpatia e talento ao decorrer do caminho. Foi uma experiência que me enriqueceu imensamente como artista” , disse Vitória.
Ela, que estava vestida de palhaça Vizaza, personagem que criou para o desfile, durante todo o cortejo, conta que lembra de cada momento do cortejo com animação por conseguir ver nos olhares das crianças e adultos uma felicidade que veio a partir do contato com os artistas, que enchiam as ruas da cidade de alegria.
“A interação com o público, os olhares, os sorrisos das crianças e animação dos adultos transbordava meu coração e me enchia de alegria e ânimo para estar cada vez mais entregue e feliz no cortejo. Não só com técnicas, mas também com incríveis memórias e conhecimentos que espero imensamente vivenciar novamente”, contou a atriz.
Vitória junto de outros amigos que participaram do Cortejo Circense no centro de São Luís
Reprodução/Arquivo pessoal
🎪Dia do Circo e do Teatro
Programação celebra Dia Mundial do Teatro e Dia Nacional do Circo em São Luís
O Dia Nacional do Circo é uma homenagem ao palhaço paulista Abelardo Pinto, mais conhecido como “Piolin”. Em 2024, o nascimento dele completa 127 anos. O dia também celebra o leque de artistas circenses que desenvolvem importantes atividades culturais.
*Revisado por Liliane Cutrim.
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