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28 de Março: 10 anos do acidente entre micro-ônibus e caminhão que matou 16 pessoas em Manaus


Tragédia ocorreu após o caminhão, que trafegava no sentido Centro da Djalma Batista, perder o controle e bater de frente com o micro-ônibus do transporte Executivo, que estava lotado. Acidente ocorreu próximo a viaduto do Bairro Flores, Zona Centro-Sul de Manaus
Jamile Alves/G1 AM
Um dos piores acidentes de trânsito da história de Manaus completa 10 anos nesta quinta-feira. No dia 28 de março de 2014, um caminhão matou 16 pessoas que estavam em um micro-ônibus do transporte Executivo, na avenida Djalma Batista, um dos principais corredores viários da capital amazonense.
Entre os mortos estavam os motoristas dos dois veículos, uma criança e uma grávida. Médicos chegaram a fazer o parto do bebê, mas ele também não sobreviveu.
Na época, Manaus decretou luto oficial de três dias. Hoje, as vítimas são lembradas por um memorial embaixo do viaduto Ayrton Senna e também por quem passa pelo Complexo Viário 28 de Março, na avenida Torquato Tapajós, que recebeu o nome em homenagem às pessoas que perderam as vidas na tragédia.
📸 Veja fotos do acidente na Djalma Batista, em 2014
O acidente
No AM, acidente entre micro-ônibus e caminhão mata mais de dez pessoas
Era uma sexta-feira, por volta das 19h40, horário de pico na avenida Djalma Batista, que é conhecida pelos longos congestionamentos, um caminhão, que prestava serviços terceirizados para a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf), colidiu de frente com um micro-ônibus da linha 825.
De acordo com a polícia e testemunhas, o caminhão trafegava no sentido centro, quando perdeu o controle, atravessou o meio-fio e invadiu a contramão, batendo de frente com o Executivo.
Testemunhas disseram ainda que o micro-ônibus estava lotado e muitos passageiros estavam em pé no interior do veículo.
“Vi uma S-10 [picape] vindo em alta velocidade. O motorista da S-10, que estava atrás da caçamba [caminhão], conseguiu passar dela. Ele disse que o motorista da caçamba estava em alta velocidade como se não tivesse conseguido frear. Ele estava a 100 km por hora. Um passageiro [do micro-ônibus] chegou a sair pela janela e eu cheguei a socorrer, coloquei ele na calçada”, disse o eletricista Pablo Pessoa, na época.
Acidente ocorreu próximo a viaduto do Bairro Flores, Zona Centro-Sul de Manaus
Jamile Alves/G1 AM
Com o acidente, o trânsito que já era caótico naquela fatídica noite, acabou ficando ainda pior e até as equipes de resgate encontraram dificuldades em chegar no local para ajudar as vítimas. É o que relembra o socorrista aposentado Hely Parmelo, que ajudou no acidente.
“A gente não sabe nem como chegou ali. Eu lembro que eu estava dirigindo a ambulância e passei por uma rua muito estreita no Parque 10, que não tinha mais pra onde ir, e tinham carros de um lado e de outro, tanto é que saiu riscando o retrovisor. Mas ali era tudo pra chegar o mais rápido possível no local para tentar salvar aquelas pessoas”, contou.
O homem lembra emocionado do resgate às vítimas. “Eram vítimas presas em ferragens e nesse caso eu só pensava nelas. Poderia ser um parente meu, um filho, alguém da família. Meu pensamento estava com elas”, afirmou.
O motorista do micro-ônibus Robert da Cunha Moraes, de apenas 27 anos, foi uma das vítimas da tragédia. O pai dele, Raimundo Nonato, hoje com 60 anos, foi até o local para conseguir informações dos sobreviventes e só perdeu a esperança depois de ver o corpo do filho ser removido pelos bombeiros.
“Foi uma fatalidade. Meu filho não trabalha com isso, não era contratado da empresa. Ele fazia bico e dirigia de vez em quando. Soube por amigos da família que estavam dentro do micro-ônibus. Eles conseguiram sobreviver e me ligaram para avisar sobre o acidente”, contou o pai.
Caminhão estava em alta velocidade
Acidente ocorreu próximo a viaduto do Bairro Flores, Zona Centro-Sul de Manaus
Jamile Alves/G1 AM
Na época, um laudo confeccionado pelo Instituto Médico Legal (IML) apontou que o motorista do caminhão consumiu bebidas alcoólicas e cocaína antes do acidente.
O documento também descartou falhas mecânicas no veículo e concluiu que houve imprudência por parte do condutor ao ingerir substâncias entorpecentes. Ainda de acordo com os peritos, a velocidade do caminhão estava entre 80 e 90 km/h, acima do permitido para a via, que é de 60km/h.
Dados do laudo oficial do Instituto de Perícia da Polícia Civil do Amazonas, divulgados em abril daquele ano, também apontaram que a alta velocidade do caminhão foi a causa determinante do acidente. O documento diz que o condutor desenvolveu velocidade acima do limite estabelecido pela legislação do Conselho Nacional de Trânsito (Contran).
Um mês após a tragédia, o local também recebeu grades de proteção e sinalização.
Segundo a Seminf, as grades de proteção (guardrail) instaladas no local são similares à estrutura utilizada nas pistas de corrida de Fórmula 1. Nos dois trechos foram utilizados 125 metros da estrutura de ferro para evitar que veículos ultrapassem a via contrária em casos de acidentes.
Homenagem às vítimas
Placa foi colocada debaixo de viaduto
Roberta Bindá/Rede Amazônica
Quatro anos após a tragédia, em março de 2018, a Prefeitura de Manaus inaugurou um memorial em homenagem às vítimas do acidente. Na ocasião, foi realizado um culto ecumênico em homenagens às vítimas e em Ação de Graças pelos sobreviventes. Familiares e amigos das vítimas participaram do encontro.
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