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Mutirão retira 81 quilos de vegetação invasora no mangue de Fernando de Noronha


Cipó-chumbo é uma espécie parasita que prejudica o meio ambiente da ilha. Ação foi realizada nesta quinta-feira (28), pelo ICMBio, no Mangue do Sueste. Funcionários do ICMBio e voluntários participam de mutirão em Fernando de Noronha
Ana Clara Marinho/TV Globo
Servidores do Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio) e voluntários participaram de um mutirão no Mangue do Sueste, em Fernando de Noronha, nesta quinta-feira (28), para remover o cipó-chumbo. Com nome científico de Cuscuta americana, essa espécie exótica e invasora apresenta risco ao ecossistema local.
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Ao todo, foram retirados 81,44 quilos dessa vegetação durante o mutirão. A atividade foi liderada por Rosana Camilo Andrade, que é cientista ambiental do ICMBio e explicou que esse trabalho é um manejo necessário porque o cipó-chumbo é uma espécie parasita.
“A espécie é parasita, isto é, retira os nutrientes de outras plantas, e é um problema em Noronha, principalmente pela possibilidade de invadir os ambientes de forma drástica. O manejo é difícil, mas existe a necessidade de retirada para que esse parasita não se alastre ainda mais”, disse Rosana Andrade.
Ainda segundo a pesquisadora, a espécie fez uma densa invasão e colonizou a duna da região. Como existe o risco de aves transportarem as sementes para ilhas secundárias do arquipélago, é preciso realizar a remoção do cipó-chumbo.
Os pesquisadores incentivam que os moradores façam a retirada da vegetação invasora. “É possível fazer a retirada manual. É importante que essa ação se repita. Em poucos meses, pequenas partes que sobraram, as sementes, vão rebrotar. Antes de voltar a infestação, a gente faz a retirada novamente. É um trabalho efetivo, mas deve ser constante”, declarou a cientista ambiental.
Voluntariado
A gestora ambiental Bruna Machado, que mora em Fernando de Noronha e é voluntária do ICMBio, participou do mutirão no Mangue do Sueste.
“O voluntariado é muito importante porque faz a gente agregar todo o conhecimento da faculdade e integra a gente tanto com o meio ambiente quanto com as pessoas. Nós aprendemos o que é o meio ambiente e a conservação. Eu vou ser uma multiplicadora desse conhecimento”, afirmou Bruna.
Abdiel Cruz, educador físico, mostra o resultado do trabalho voluntário
Ana Clara Marinho/TV Globo
O educador físico Abdiel Cruz é morador da ilha e também participou do mutirão como voluntário. De acordo com ele, essa foi a forma que escolheu para retribuir os benefícios que encontrou em Noronha.
“A ilha é maravilhosa. Não podemos deixar que seja destruída pelas pragas. Temos peixes, golfinhos, tartarugas e tubarões. A fauna e a flora são maravilhosas. Eu moro aqui e faço parte desse ambiente. A minha contribuição é o mínimo que posso fazer por todos os dias de alegria que Fernando de Noronha me proporciona”, contou Abdiel.
Com cerca de 1,5 hectares, o Mangue do Sueste é o único localizado em ilhas oceânicas do Atlântico Sul e faz parte da área do Parque Nacional Marinho.
“O manguezal é muito importante, é um berçário de várias espécies marinhas. Esse mangue é peculiar, sensível e de suma importância para a conservação da biodiversidade local”, disse Rosana Andrade.
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