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FMI anuncia previsão de números piores nas contas públicas do Brasil em 2024 e recomenda ao governo um esforço fiscal mais ambicioso

O Fundo Monetário Internacional alertou que os países estão gastando demais e que as dívidas públicas aumentaram em todo o planeta. FMI recomenda que Brasil faça esforço fiscal mais ambicioso
O Fundo Monetário Internacional anunciou uma previsão de números piores nas contas públicas do Brasil em 2024, e recomendou que o governo brasileiro faça um esforço fiscal mais ambicioso.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participou, em Washington, ao lado do ministro da Economia da França, do ministro das Finanças do Quênia e da diretora do Fundo Monetário Internacional, Kristalina Georgieva, do painel “Novos desafios na tributação internacional”. Na presidência do G20, o Brasil tem como prioridade apresentar uma proposta para taxar os super-ricos. Haddad afirmou que está trabalhando em uma declaração de apoio do grupo à proposta.
Em outro evento, o FMI alertou que os países estão gastando demais e que as dívidas públicas aumentaram em todo o planeta. O fundou citou o Brasil como exemplo de uma das economias com endividamento alto que aprovam projetos de estabilização das contas.
Mas o fundo estima que a dívida pública brasileira vai subir de 84,7% do Produto Interno Bruto – o conjunto de todos os bens e serviços produzidos pelo país em 2023 – para 86,7% em 2024. A estimativa é um pouco menor do que a apresentada no relatório anterior – que era de 90,3% do PIB.
O FMI também aumentou a estimativa para o rombo nas contas públicas brasileiras. O fundo projetou que o déficit primário brasileiro vai ser de 0,6% do PIB em 2024 e de 0,3% em 2025. Ainda segundo o FMI, o superávit só deve ocorrer em 2027. Há seis meses, o fundo previa déficit de 0,2% para 2024 e um superávit de 0,2% para 2025.
São expectativas piores do que as do governo brasileiro, que espera déficit zero para os dois anos. O FMI recomendou ao Brasil que faça um esforço fiscal mais ambicioso.
O ministro da Fazenda brasileiro reconheceu que o controle das contas públicas é um desafio grande e ressaltou a importância de o FMI projetar que a dívida brasileira está se estabilizando em um patamar menor do que estimando anteriormente.
“O mais importante do que essa trajetória é a trajetória da dívida. E o FMI começa a se aproximar de nossa trajetória da dívida. E a estabilidade da dívida pública depois da pandemia talvez seja das metas mais importantes que nós temos que perseguir. Porque é essa estabilidade que é que vai fazer com que nossas notas de crédito subam, como já subiram no ano passado. Depois de sete anos, foi a primeira vez que nós conseguimos uma nota de crédito melhor. E nós estamos confiantes que vamos continuar nesta escalada até voltar a ter um grau de investimento que pode ser, de novo, mais uma vez, um divisor de águas para os investimentos diretos estrangeiros no Brasil”, disse Fernando Haddad.
O presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, afirmou nesta quarta-feira (17) que:
“A evidência do que vimos nos últimos dias nos mostra que o mercado ficou mais preocupado com relação ao fiscal (contas públicas), e qual vai ser o equilíbrio fiscal no futuro, com efeito no prêmio de risco, o que torna o trabalho mais difícil e custoso. Mas o problema é que a âncora fiscal (meta para contas públicas) e monetária (objetivos de inflação) são intimamente relacionados. Se perde credibilidade, ou se há mais questionamentos sobre a âncora fiscal, fica mais caro do outro lado”.
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