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Na ALEPI e na UFPI, atos relembraram o Golpe de 1964 e a luta contra a Ditadura Militar Fascista

Atos na ALEPI e da UFPI reafirmaram a luta contra o golpismo e o fascismo. Eventos contaram com grande presença de estudantes e servidores, além de militantes de diversas organizações políticas do estado.

Redação Piauí


MEMÓRIA – No dia em que o Golpe Militar de 1964 completou 60 anos, a Assembleia Legislativa do Piauí – ALEPI, realizou uma sessão solene que lotou o plenarinho. A mesa foi presidida pelo presidente da ALEPI, o deputado estadual Franzé Silva e composta pelo deputado estadual Ziza Carvalho, a Secretária de Relações Sociais, Núbia Lopes, o presidente da CUT, Odali Medeiros, o vice PT PI, Mauricio Solano, a coordenadora do  Diretório Central dos Estudantes da UFPI, Thays Dias, o fundador do Comitê, Memória, Verdade e Justiça do PI, Reginaldo Furtado, pela Unidade Popular, Pedro Laurentino, e o ex-preso político e membro do Comitê Memória Verdade e Justiça de PE, Edival Nunes Cajá. 

Após a abertura oficial da sessão solene, os membros da mesa tiveram a oportunidade de fazer o uso da tribuna. Na ocasião, Pedro Laurentino enfatizou: “Discutir o golpe de 64 não é discutir o passado. Só existiu a tentativa de golpe em 08 de janeiro de 2023 porque ainda há impunidade aos golpistas de 64. Tenho orgulho de fazer parte da geração que derrubou a ditadura, mas ela ainda precisa ser sepultada. Ainda hoje a tortura é praticada nas delegacias e a Polícia Militar continua reprimindo os lutadores sociais.”

Um ponto alto da Sessão Solene foi o discurso de Reginaldo Furtado, de 93 anos, que denunciou as artimanhas da alta cúpula das forças armadas, a mando do governo norte – americano e a interferência do capital estrangeiro. Assim como alertou o plenário para a continuidade da luta por democracia e o repúdio a qualquer tentativa de golpe.

A tarde as atividades seguiram no auditório Noé Mendes da UFPI, onde estudantes, professores e servidores lotaram o auditório para a aula pública com Edival Cajá. Em diversos momentos de emoção, o auditório vibrava com palavras de ordem como “Pela abertura, dos arquivos da ditadura!”, e “Nenhum passo atrás, ditadura nunca mais!”.

A coordenadora geral do DCE – UFPI, Thays Dias, lembrou os heróis e heroínas que derrubaram a ditadura militar e lembrou da atualidade da discussão: “Importante espaços como esse na universidade para sempre lembrarmos os jovens estudantes que combateram esse regime. Lembrar de Honestino Guimarães, Jana Barroso, Iara Iavelberg, é honrar a história de cada um deles para impulsionar as lutas estudantis do presente.”

Edival Cajá, durante a aula, ressaltou que “neste dia de hoje, 01 de abril de 2024 completam-se 60 anos do golpe militar fascista em nosso país. Aquele golpe implantou a Ditadura Militar, que nasceu das entranhas do governo dos EUA, da burguesia monopolista dos EUA e do Brasil e do alto comando das forças armadas. Por interesses do grande capital, foi elaborado um plano na Casa Branca para derrubar as democracias no nosso continente. Esta ditadura cassou, exilou ,depôs e assassinou o presidente João Goulart. Sequestrou, estuprou  e cerca de  8 mil  povos Originários foram assassinados. Os dirigentes das ligas camponesas foram assassinados. Na resistência urbana, mataram Manoel Lisboa, Emanuel Bezerra , Carlos Mariguella, Lamarca e muitas companheiras que combaterem contra a ditadura e pelo socialismo.”

Após grande agitação no auditório, Cajá finalizou: “Até quando vão cassar o direito do povo pobre de se manifestar. Precisamos de uma democracia ampla, que se alarde e se aprofunde, onde a classe operária, os desempregados se sintam representados. Democracia onde uns tem muito e outros não tem nada , não é democracia. Que com a força e mobilização popular, possamos construir a cada dia a verdadeira democracia, a democracia operária, através do poder popular e o socialismo”.

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