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Estudantes criam dicionário indígena na internet e são escolhidas para apresentar projeto no exterior


Projeto é colaborativo e reúne palavras de 32 línguas diferentes. Dicionário indígena criado por estudantes
Reprodução/TV Globo
Estudantes do ensino médio desenvolveram um dicionário que aproxima o português brasileiro de línguas indígenas. Por causa do projeto, as três estudantes responsáveis pelo dicionário participaram duas vezes de uma feira de ciências em Minas Gerais e, agora, foram credenciadas para o Foro Internacional em Ciência, que vai acontecer em Porto Rico.
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As estudantes fazem o ensino médio integrado ao curso técnico em informática para internet. O dicionário contém centenas de palavras de diversas línguas indígenas.
As alunas, que estão no 3º ano do ensino médio, conceberam o projeto durante um debate em uma das aulas na Escola Sesi de Referência, em Paulista, no Grande Recife.
A bisavó da estudante Mariana França, de 17 anos, era indígena. Apesar de não terem tido contato e de a estudante não conhecer muito sobre os antepassados, ela sabe o quanto é importante manter essa história.
“A gente percebeu que há muito poucas informações, não é uma coisa que a gente tem tantos registros, e isso fez com que a gente tivesse quase um mutirão de pesquisa, de buscar. E [os dicionários que existem são] sempre da língua nativa para o português, o que fica muito difícil. E a gente faz essa versão de trocar [o idioma]”, disse.
O acervo conta com cerca de 600 palavras de 32 línguas indígenas. Segundo a estudante Thaís Costa, também de 17 anos, a ferramenta ainda está sendo abastecida por meio de um trabalho de pesquisa.
“Essas palavras, por mais que sejam muito escassas de serem encontradas, a gente conseguiu achar elas em dicionários na internet. Fizemos a catalogação do indígena para o português. Como é colaborativo, pessoas também vão fazer essa colaboração quando forem usar essa ferramenta”, declarou Thaís Costa.
Estudantes que criaram dicionário indígena na internet com passaportes nas mãos
Reprodução/TV Globo
Ansiosas para apresentar o projeto no exterior, as alunas já estão com o passaporte nas mãos. “A gente espera conseguir mais um prêmio lá, trazer algo para Pernambuco, e vai ser uma experiência muito boa, porque a gente entende que esse assunto é desvalorizado”, disse Natália Alencar, de 16 anos.
O projeto começou em 2022, quando as estudantes ainda estavam no 1º ano do ensino médio. Agora, quando terminarem da escola, vai ser o momento de elas passarem o dicionário para outra geração, que vai ter a missão de continuar um trabalho tão importante.
“Eles sentem a importância do impacto social que muitos projetos na escola têm e eles sentem a necessidade de passar [o projeto para outra geração]. E a gente está percebendo que é preciso trazer outros estudantes, para que eles desenvolvam não só conhecimentos e saberes diferentes das áreas que a gente trabalha na escola, mas para que eles possam dar essa contribuição social para a comunidade e para o mundo”, disse a professora Nádia Valença.
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