A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi denunciada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por sua suposta participação na invasão dos sistemas eletrônicos do Judiciário. Segundo a PGR, Zambelli teve um “papel central” e foi a “autora intelectual” do ataque hacker, recrutando o hacker Walter Delgatti e oferecendo benefícios em troca dos serviços prestados. O objetivo, segundo a acusação, era desacreditar a Justiça Brasileira para obter vantagens políticas. A denúncia foi apresentada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Gonet afirmou que Zambelli arquitetou a invasão para criar um “ambiente de desmoralização da Justiça Brasileira, para obter vantagem de ordem política, propondo-se, desde o princípio, à invasão a dispositivo informático, que, afinal, determinou, participando ativamente de produção de ordem judicial ideologicamente falsa”, desde o princípio propondo a invasão dos dispositivos informáticos.
A deputada teria buscado o hacker Delgatti para executar o crime, incluindo a emissão de um mandado de prisão falso contra o ministro do STF Alexandre de Moraes. A PGR sustenta que Zambelli fez pagamentos ao hacker por meio de uma empresa que prestou serviços ao seu partido nas eleições.
A denúncia agora tramita no STF, sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes. A defesa de Zambelli alegou surpresa com a denúncia, refutando as acusações.
“Inexiste qualquer prova efetiva que ela tivesse de alguma forma colaborado, instigado e ou incentivado o mitômano Walter Delgati a praticar as ações que praticou”, afirmou a defesa.
Por outro lado, a defesa de Delgatti afirmou que a denúncia confirma a veracidade dos relatos do hacker, que já confessou sua participação nas invasões.
Agora, caberá ao STF decidir se Zambelli e Delgatti se tornarão réus no processo. A data do julgamento ainda não foi marcada, e o caso segue sob investigação.
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