O inquérito foi concluído nesta quarta-feira (24). Na data do crime, o motorista deixou o local do acidente após atropelar e matar o garçom Daniel Cardoso Maia no dia 29 de fevereiro, em Uberlândia. Daniel Cardoso Maia tranbalhou por 22 anos no Bar do Betão, em Uberlândia
Bar do Betão/Divulgação
O inquérito que investiga o motorista suspeito de atropelar o garçom Daniel Cardoso Maia, de 41 anos, no Bairro Martins, em Uberlândia, foi concluído nesta quarta-feira (24). O homem foi indiciado por homicídio culposo, que ocorre quando não há intenção de matar.
Segundo o delegado-chefe da Polícia Civil, Marcos Tadeu de Brito Brandão, mesmo que o homem de 29 anos receba pena máxima pelo homicídio, ele não será preso. Entenda mais abaixo.
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Durante a investigação foram ouvidas pessoas direta e indiretamente ligadas ao caso. Entre elas, o motorista do veículo que atingiu Daniel Cardoso Maia e fugiu sem prestar socorro.
O homem confirmou que não tem habilitação para dirigir e que, por isso, não permaneceu no local do acidente.
“O condutor confessou que estava conduzindo o veículo, inabilitado, e se distraiu vendo um vídeo no celular de um amigo que estava ao lado, em razão disso, foi imprudente e acertou a bicicleta”, disse o delegado.
Segundo o Marcos Tadeu, não foi possível demonstrar qualquer motivação que possa ter levado o condutor há atingir a bicicleta do garçom de forma intencional, justificando o homicídio culposo.
“As nossas investigações apontaram que foi um homicídio culposo. Temos duas majorantes, que elevam a pena de um terço até metade, que são: o condutor ser inabilitado e ter evadido do local dos fatos sem prestar qualquer socorro à vítima”.
Artigo 302 do CTB
Conforme o artigo apontado pelo delegado, praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor gera detenção de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
Apesar disso, a detenção não é em regime fechado.
“Ele não foi preso em flagrante. Esta pena não cabe prisão. Mesmo se ele pegar a pena máxima, não cabe regime fechado”, explica.
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Atropelamento
À época do acidente, a Polícia Militar (PM) foi acionada por um morador, que disse que acordou de madrugada com um barulho que poderia ser de um acidente entre veículos e saiu para ver o que era. Ao chegar na Avenida Fernando Vilela, ele se deparou com a vítima caída no chão, sozinha.
Quando a polícia chegou, encontrou o ciclista já sem sinais vitais. O Corpo de Bombeiros foi acionado e confirmou o óbito de Daniel ainda no local.
Imagens de câmeras de segurança mostraram o ciclista seguindo pela via no sentido Avenida Raulino Cota Pacheco. Em seguida, aparece um carro branco do mesmo lado de Daniel.
Durante a perícia foram recolhidos pedaços de um para-choque de um carro branco. O carro foi encontrado em uma oficina.
Situação da bicicleta após atropelamento
Divulgação
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