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Dia do Corno: Novos fetiches atraem casais e termo ‘cuckold’ ganha espaço


Plataforma de sexo já identificou mais de 300 mil homens que se declaram como ‘cuckold’, parceiros que gostam de assistir à companheira com outros homens. Só no Espírito Santo, são 6 mil pessoas. Uso de celular
Freepik
Ao falar sobre traição, a maioria das pessoas relaciona a situação à angústia. Para alguns, a fama de “ser corno” não é algo para se vangloriar e serve de inspiração para várias músicas da chamada “fossa” ou “bad”. A situação está na boca do povo, sempre rende assunto e ganhou até um dia, o Dia do Corno, comemorado nesta quinta-feira, 25 de abril.
À primeira vista, parece ser algo estranho para se comemorar. Mas alguns gostam dessa situação e a transformaram em fetiche, ganhando um nome até mais moderno: cuckold. No Espírito Santo, por exemplo, 6 mil pessoas se encaixam nessa categoria. Mas você sabe ou já ouviu falar?
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O cukold, termo em inglês, e é uma adaptação para “cuckoo” (o pássaro cuco). Segundo observações feitas por biólogos, esta espécie aceita receber em seu ninho uma fêmea que coloca ovos de outro macho.
Sendo assim, na prática, o cuckold é o homem que tem interesse em ver e/ou saber que sua companheira tem relações sexuais com outros homens. Essa mulher é conhecida como hotwife.
No Espírito Santo, site apontou que mais de 6 mil membros se declaram cuckold
Reprodução/TV Gazeta
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A diretora de Marketing do Sexlog, maior site de sexo da América Latina, Mayumi Sato explicou que a situação toda acaba sendo conhecida como “fetiche do corno”.
“O fetiche do cuckold é conhecido como fetiche do corno porque a mulher está se relacionando com outro homem. Alguns apenas gostam de ouvir as histórias que suas esposas contam ao chegar em casa. Mas nada tem a ver com traição. Vale lembrar que, no universo do fetiche, tudo é consentido e o corninho é respeitado”, disse Mayumi.
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Uma prática que parece ter caído no gosto de algumas pessoas. No Espírito Santo, o site apontou que mais de 6 mil membros se declaram cuckold na plataforma.
Ainda segundo Mayumi, a plataforma recebe inúmeros contos eróticos escritos por seus frequentadores que relatam experiências detalhadas.
“Os relatos são diversos, mas muitos acreditam que não proporcionariam tanto prazer às esposas, por isso aceitam dividi-las e se excitam com isso. Mas o fetiche do cuckold também é sobre o casal, não é sobre o prazer isolado. É sobre compartilhar a experiência que envolve outros fetiches também, como o voyeurismo, o ménage e o dirty talk”, explicou.
Em uma pesquisa realizada com os cuckolds do site, metade deles alegou que não tem problema em convidar amigos para transar com suas hotwifes.
Como saber se sou um cuckold?
Entre os próprios cuckolds existem variações, uns curtem interagir, outros apenas observar, alguns gostam apenas de saber que a mulher esteve com outro, outras ainda gostam de saber detalhes da transa da mulher com o single… Enfim, há diversas maneiras.
“Só saber e não gostar não faz de você um cuckold. O cuckold é quem sente tesão por isso”, pontuou Mayumi.
O termo pode ser confundido com voyeur. Mas a expressão voyeur vale para outro tipo de fetiche.
“É aquele que gosta de assistir a outras pessoas transando, independentemente de ter um vínculo com elas. Ou seja, não precisa ser sua esposa, podem ser amigos, colegas, desconhecidos numa casa de swing, ou mesmo na internet”, comentou.
Tendência
Sudeste lidera como a região com mais cornos assumidos, segundo site
Burger/Phanie
Uma boa parcela dos municípios brasileiros têm, pelo menos, um corno. Segundo o último levantamento da plataforma, baseado nos cadastros que assinalaram esse fetiche como uma de suas preferências, eles são 334.230, e estão espalhados por 2.321 cidades.
O Sudeste lidera como a região com mais cornos assumidos, eles são 171.129. O top 5 cidades com mais cuckolds no site são São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Campinas e Uberlândia. A psicóloga com ênfase em relacionamento Marina Rotty explicou como o termo vem se tornando mais popular.
“Passou a ser mais usado quando se sentiu essa necessidade de separar um poucos as coisas, trazer mais informação sobre as fantasias e denominar claramente cada uma. Com o aumento da liberdade sexual vivenciada nos últimos anos, tivemos mais divulgações e o cuckold passou a ser mais usado justamente por ser um nome mais tranquilo para a mídia do que o famoso ‘corno’. À medida que as pessoas se tornaram mais abertas sobre sua sexualidade e exploraram diferentes aspectos dela, termos como “cuckold” passaram a surgir mais frequentemente nas conversas e na mídia, assim como outras fantasias e fetiches também”, pontuou.
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