• https://www.paraquemdoar.com.br

      New Page 1

    RSSFacebookYouTubeInstagramTwitterYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTube  

Polícia pede prisão de motorista de Porsche que causou morte a mais de 100 km/h pela 3ª vez


Câmera corporal de PM mostra o que aconteceu após o acidente: a mãe do empresário Fernando Sastre Filho insistindo com policiais para levá-lo embora do local, alegando que iria com ele até hospital. A polícia de São Paulo pediu, pela terceira vez, a prisão do motorista que causou uma morte a mais de 100 km/h. A câmera de uma policial militar registrou o que aconteceu depois da batida.
Uma mulher que viu a batida contou aos policiais o que aconteceu:
“Nós fomos os primeiros a descer e a ajudar eles a saírem do carro. E aí eles queriam fugir e tudo mais, e a gente segurou”.
A mulher se refere ao empresário Fernando Sastre Filho que, minutos antes, tinha se envolvido em um grave acidente de carro na Zona Leste de São Paulo. O motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana morreu na batida.
Enquanto conversava com outras pessoas, uma policial percebeu que Fernando Sastre tentava ir embora
JN
Enquanto conversava com outras pessoas, uma policial percebeu que Fernando Sastre tentava ir embora.
“Não, pega ele ali. Oxe, oxe, oxe”, orienta.
A câmera corporal da PM captou a conversa entre os policiais, o motorista do carro esportivo e a mãe dele, Daniela Cristina de Medeiros, que chegou logo depois do acidente.
PM: Ô, ô, ô. O senhor era o condutor do carro? Tá. Então, só que a gente tem que qualificar ele. Cadê sua CNH?
Daniela: Já passou tudo pra ele, já passou tudo com ele.
PM: Só que você não pode tirar ele daqui assim. A gente tem que qualificar primeiro para depois a senhora retirar.
A mãe diz que queria levar o filho ao hospital:
“Eu quero levar ele para fazer raio-x”.
A policial pergunta ao colega se tem bafômetro na viatura: “Você tem etilômetro?”. E ouve: “Não tem”.
Pelo regulamento, nem toda viatura é obrigada a sair com bafômetro, também chamado de etilômetro, mas nesses casos o normal é pedir o equipamento a outra equipe.
A Secretaria da Segurança Pública afirma que os policiais militares erraram ao permitir que o motorista do carro de luxo fosse embora sem fazer o teste.
Daniela insiste em tirar Fernando dali.
Tio de Fernando: Daniela, o medico já examinou ele?
Daniela: Não, ainda não. Por isso quero levar ele.
O motorista, Fernando (à esquerda), com o tio e a mãe
JN
A policial pergunta a Fernando o que aconteceu.
“A gente estava saindo da festa. A gente ia para a minha casa jogar sinuca. Aí, do nada, aconteceu um acidente horrível e… Aconteceu isso. Eu não lembro mais de nada”, afirma ele.
Fernando lê o depoimento e é liberado.
PM: A senhora vai levar ele para qual hospital?
Daniela: Para o São Luiz.
PM: Tá.
Daniela: Pode ir?
PM: Pode, pode ir lá.
Mas, quando prestou depoimento na delegacia, a mãe de Fernando disse que eles não estiverem no hospital e foram para casa.
Um bombeiro que atendeu a ocorrência comenta com a policial que Fernando estava embriagado.
Bombeiro: A família levou?
PM: Levou, a mãe dele levou para o hospital.
Bombeiro: É, estavam um pouco etilizados esses caras, né?
PM: Sim, sim.
Peritos do Instituto de Criminalística fizeram nesta quinta-feira (25) um trabalho de scaneamento da avenida. O material será usado pra criar um vídeo da reconstituição da batida.
O laudo indicou que o carro dirigido pelo empresário chegou a mais de 150 km/h e estava a 114,8 km/h, momentos antes da colisão. A velocidade máxima permitida ali era de 50 km/h.
A Polícia Civil concluiu o inquérito e indiciou Fernando Sastre Filho pelos crimes de homicídio doloso — por considerar que ele assumiu o risco de matar — e lesão corporal dolosa grave, pelos ferimentos causados ao amigo, que estava no banco do passageiro.
O empresário e a mãe também foram indiciados por fuga do local do acidente. Pela terceira vez, a polícia pediu à Justiça que o motorista seja preso.
O Jornal Nacional entrou em contato com a defesa de Fernando Sastre Filho e da mãe dele, mas não teve resposta.
LEIA TAMBÉM:
Motorista de Porsche dirigia em alta velocidade, tinha sinais de embriaguez, voz pastosa e estava cambaleando, dizem testemunhas
Cronologia: veja os principais pontos do caso do dono do Porsche que bateu em Sandero e matou motorista de aplicativo em SP
MP pede quebra do sigilo bancário de motorista do Porsche para saber se ele comprou bebidas antes de acidente com morte
Adicionar aos favoritos o Link permanente.
 
 
  • New Page 1