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Orquestra Sinfônica de Heliópolis se prepara para ganhar uma sala de concertos


O Teatro Baccarelli terá 560 lugares, energia solar, materiais sustentáveis e projeto de acústica dos mesmos profissionais que fizeram o da Sala São Paulo, e será a primeira sala de espetáculos construída dentro de uma comunidade. O projeto social que ensina música para 1.400 crianças da maior favela de São Paulo começou a erguer uma sala de concertos com padrão internacional dentro da comunidade.
Estrada das Lágrimas é o endereço, mas o que todo mundo faz nessas aulas é levantar a voz contra a tristeza. Ágatha Lopes Bréscia, de 11 anos, estuda canto e clarinete no Instituto Baccarelli. Há 27 anos, a ONG é um oásis de música para jovens de Heliópolis, a maior favela de São Paulo.
Sabe quando a gente está aprendendo, mas mantém a confiança? É sobre isso!
“Eu me encontrei na música”, afirma Ágatha.
Este ano, a mãe de Ágatha, que é cozinheira, também começou a tocar, só que violão. Érika Júlia dos Santos Lopes faz parte da primeira turma de mães e pais a aprender instrumentos musicais no projeto. Confeiteiras, motoristas e empregadas domésticas descobrem que andar ajuda a entender o ritmo.
Os dedos vão desenhando movimentos que compõem a melodia. Nas redondezas de ruas tortas, a ideia é que a música em família traga harmonia dentro de casa.
“Tem tantas situações difíceis que isso aproxima bastante, né? E a música é sentimento, a música é memória. Eu falo que um dia a gente não vai estar mais aqui e quero que minha filha, esteja sempre presente na memória dela, esses momentos próximos, cantando, a felicidade de ouvir umamúsica. Nossa!”, diz Érika.
Violinista Matheus Alves, de 20 anos
JN
A caminhada do violinista Matheus Alves, de 20 anos, é longa. Ele nasceu na comunidade, entrou no instituto ainda criança e, da janela, espalha a paixão pela música. Agora, Matheus é titular da Orquestra Sinfônica de Heliópolis, a joia de todo esse trabalho.
“A gente representa muito mais do que só a nossa pessoa, né? Representa uma comunidade inteira, o nome da comunidade inteira. Então, a gente tem que carregar isso com muito orgulho”, exalta ele.
A orquestra já se apresentou nos principais palcos do Brasil, como a Sala São Paulo e o Theatro Municipal do Rio, e fez concertos na Holanda, Inglaterra e Alemanha.
A orquestra que ganhou os palcos do mundo agora quer um palco só dela, onde tudo começou. No meio da favela começa a ser erguido o primeiro teatro de Heliópolis, a primeira sala de espetáculos em uma comunidade, equipada com o que tem de melhor em acústica, para os moradores apreciarem com conforto a beleza dos talentos que surgem aqui.
O Teatro Baccarelli terá 560 lugares, energia solar, materiais sustentáveis e uma arquitetura para todo mundo se sentir à vontade.
“A gente não precisa de grandes luxos para a gente viver a cultura, para a gente promover a cultura. Cultura não é elitizante, né? Cultura é justamente pra todo mundo”, diz o arquiteto do projeto, Frank Siciliano.
Projeto 3D da sala de concerto do Teatro Baccarelli
JN
O projeto de acústica é dos mesmos profissionais que fizeram o da Sala São Paulo.
“Construída, esculpida e pensada acusticamente para ter o mesmo nível de excelência do que as melhores salas de concertos do Brasil, América Latina ou – porque não? – do mundo”, conta arquiteto e consultor acústico Júlio Gaspar.
O projeto é estimado em R$ 35 milhões. O instituto já tem R$ 26 milhões, doados por empresas por meio da Lei de Incentivo à Cultura.
“Eu chamaria de investimento. Investir em cidadania é investir em educação, é investir em diminuição de violência, é tudo que a gente busca como sociedade. Eu posso te dar uma certeza: a gente vai conseguir”, garante o maestro Edilson Ventureli, diretor-executivo do Instituto Baccarelli.
Nesse sonho em construção, já dá para imaginar como será daqui a alguns meses. No futuro teatro da Estrada das Lágrimas, a ideia é que elas só rolem de orgulho.
“Basta a gente estudar, se dedicar, receber apoio, que tudo isso é possível. Já estou meio nervoso, ansioso, só esperando chegar o dia para a gente poder tocar na nossa casa”, festeja Matheus Alves.
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