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Moradores de Timon denunciam poluição sonora por paredões de som em Teresina: ‘minhas janelas tremem’


Veículos com “paredões” ficam posicionados ao longo da Avenida Maranhão, em Teresina, e barulho atravessa o rio que separa as duas cidades, de estados diferentes. Após denúncia, Ministério Público afirmou ao g1 que deve autuar órgãos como a Polícia Militar para atuarem no local. Moradores de Timon denunciam poluição sonora por paredões de som em Teresina
Moradores dos bairros Cajueiro e Mateuzinho, em Timon (MA), denunciam, há cerca de cinco anos, a poluição sonora de carros de som na Avenida Maranhão, em Teresina (PI). As cidades são separadas apenas pelo Rio Parnaíba, e o barulho dos paredões atravessa facilmente a divisão entre os dois estados, causando muitos transtornos.
A consultora de marketing digital Vanessa Veras se mudou, em setembro de 2023, para um conjunto residencial no Mateuzinho, localizado às margens da Avenida Piauí, na cidade maranhense, e a 400 m de distância do rio. Mãe de uma criança de seis meses, ela e o marido apontam que o som dos carros chega a fazer tremer as janelas da casa.
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“Uma das propriedades de qualquer onda é a ressonância. Esse efeito ocorre quando as condições permitem que a energia do som seja transmitida de forma muito eficiente para outros corpos”, explica o fenômeno o professor Alexandre Maciel, doutor em Física Aplicada pela USP e pós-doutor pela USP e pelo Imperial College London.
Ele completa: “No caso da janela exposta ao som dos paredões, temos o efeito de ressonância entre o vidro e sua estrutura com o som grave. O som grave é aquele de baixa frequência e que tem a maior facilidade de propagação e de contornar obstáculos, sendo este o que mais afeta os moradores do outro lado do rio”.
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Moradores de Timon denunciam poluição sonora por paredões de som em Teresina: ‘minhas janelas tremem’
Reprodução
Diante do transtorno, Vanessa e o esposo precisam fazer o trajeto até Teresina para denunciarem o barulho às autoridades, já que os carros ficam na cidade piauiense. Muitas vezes, a viagem é feita durante a madrugada, quando o som aumenta consideravelmente.
“Geralmente são oito ou dez paredões, que ficam nos lava-jatos da Avenida Maranhão. Eles ligam na quarta-feira e continuam com o som virado para a beira do rio até domingo. Começam às dez da manhã e vão até depois da meia-noite”, explica a consultora ao g1.
“Temos que passar pela ponte para ligar para a Polícia do Piauí. Só que, quando eles [policiais] vão, [os donos dos veículos] apenas abaixam o volume, voltando a aumentar assim que a Polícia sai de lá”, observa.
Segundo a consultora, uma das vizinhas guarda um boletim de ocorrência registrado contra os paredões há três anos. Outro vizinho, pai de duas crianças com autismo, não suportou os prejuízos causados ao bem-estar dos filhos e decidiu vender a casa em que morava no residencial.
Ela e o marido, ao lado de outros moradores, denunciaram a situação na Delegacia do Silêncio, da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), na Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semam) de Teresina e no Ministério Público do Piauí (MPPI).
Ao g1, o MPPI confirmou que recebeu a denúncia e, na quinta-feira (25), oficiou a Semam, o Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA) e a Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI) para atuarem na avenida.
Além do conjunto em que mora, Vanessa comentou que o som chega ainda a uma praça inaugurada recentemente pela prefeitura de Timon, o que torna impossível a convivência das pessoas e famílias durante os finais de semana.
“Não é um vizinho chato que liga o som na porta, mas um evento semanal. Lutamos para comprar esta casa e é frustrante não ter paz, não conseguir ficar com nosso filho ou chamar nossos amigos… Assim como os donos dos paredões têm silêncio quando voltam para suas casas, é o que também queremos”, finaliza a consultora.
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