Neste 1° de maio se completam 30 anos da morte de Ayrton Senna. O ídolo brasileiro foi vítima de um acidente no GP de San Marino, mas também da ganância de uma série de pessoas.
Além do acidente de Senna, na Tamburello, o mundo viu o impactante acidente de Rubens Barrichelo dois dias antes. Na véspera, a morte do austríaco Roland Ratzenberger. Aí mora um fato que poderia ter salvo a vida de Senna.
+Leia mais notícias
Pela lei italiana, quando uma pessoa morre em um evento desportivo, a morte precisa ser investigada, paralisando o evento.
Ratzenberger se acidentou no sábado, durante o treino de qualificação. Os organizadores do Grande Prêmio alegam que ele foi levado com vida para o Hospital Maggiore, em Bolonha.
Essa informação é muito questionada. Em entrevista para o jornalista Roberto Cabrini, Betise Assumpção, assessora de Ayrton Senna à época, confirmou que o piloto tinha informação da morte do austríaco ainda dentro do GP.
O próprio Cabrini, que cobria a Fórmula 1, disse ter ouvido da boca de Senna que Ratzenberger morreu no local. O tricampeão, no entanto, pediu que o repórter não divulgasse, para a corrida não ser cancelada.
“Ele me contou, o Ratzenberger morreu na pista, mas não pode falar, porque se não a corrida tem que ser cancelada pelas leis italianas. O Ayrton também confirmou para mim que o Ratzenberger morreu na pista”, disse o jornalista.
É fato que se o piloto austríaco teve morte instantânea, a corrida deveria ser paralisada. Senna não teria se acidentado.
A própria morte de Ayrton Senna é envolta em uma grande polêmica. Assim como no caso de Ratzenberger, os organizadores alegam que ele deixou Ímola com vida e morreu no hospital.
Outros alegam que ele foi mantido vivo de maneira artificial, e que nada poderia ser feito para salvá-lo, considerando que a morte foi instantânea.
Em 1° de maio de 1994, há 30 anos, por um acidente (e pela ganância de pessoas), o Brasil perdeu seu maior ídolo.
@duduflorao