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Vacinação contra Covid: por que a Spikevax foi escolhida, qual o status da ButanVac e quem deve tomar?


Imunizante chegou ao país nesta semana e é uma atualização para as novas variantes da doença. Vacina bivalente contra Covid-19 ficará disponível para público com 18 anos ou mais a partir de segunda em São Luís
Divulgação/Prefeitura de São Luís
Mais de 12 milhões de doses da Spikevax (vacina contra a Covid-19 da Moderna) vão ser importadas e trazidas para o Brasil: o primeiro dos 40 voos com 1,4 milhão de lotes chegou nesta semana.
Agora, a principal dúvida é quando a campanha nacional de imunização começa para o grupo prioritário, já que o governo ainda não estipulou uma data.
Mas para além desta questão essencial, o g1 lista abaixo outras dúvidas sobre temas que envolvem a escolha da vacina, o futuro do imunizante nacional, quem deve tomar e mais:
Por que a vacina da Moderna foi escolhida?
Há dois componentes nesta escolha: aspectos técnicos e preço.
💵 O governo federal só aceitou propostas de empresas que fornecessem imunizantes atualizados para fornecer uma melhor resposta imune contra a variante XBB 1.5 do coronavírus, que é a predominante em circulação. Além disso, essas versões chamadas de “monovalente” das vacinas ter autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Na concorrência entre as duas farmacêuticas habilitadas (Moderna e Pfizer), o governo diz que economizou R$ 100 milhões, mas não divulgou o investimento total.
🧬 A Spikevax da Moderna, assim como a Comirnaty, fabricada pelo laboratório farmacêutico Pfizer, são vacinas que têm tecnologia que permite a adaptação do produto para produzir resposta imune a novas cepas do vírus: as duas são com base no RNA Mensageiro (abaixo, reveja reportagem do Jornal Nacional de 2020 que explica a tecnologia).
Vacina da Pfizer contra Covid usa tecnologia chamada de RNA mensageiro; veja como funciona
➡️ O RNA corresponde a uma determinada proteína do agente infecioso. No caso da Covid-19, a Spike, que está na coroa do vírus. Quem recebe a vacina com essa tecnologia não é exposto a uma parte do micro-organismo que causa a doença, mas sim a um modelo de um RNA mensageiro dele.
Com isso, as células produzem parte da proteína do vírus e ensinam ao corpo que ela é um corpo estranho, estimulando uma resposta de proteção contra ela do sistema imunológico.
As vacinas com RNA Mensageiro oferecem uma resposta melhor ao vírus e são mais fáceis de serem atualizadas, respondendo às novas cepas. Essa vacina é mais atual e, com isso, oferece melhor proteção.
Por que as vacinas produzidas pelo Butantã e Fiocruz não serão usadas?
❗Os especialistas não recomendam que o Brasil aplique vacinas que foram desenvolvidas para cepas que não são as dominantes em circulação. E não há previsão de atualização dos imunizantes que já eram produzidos no país.
⚗️ A Fiocruz e o Instituto Butantan afirmarm que teriam capacidade para suprir a demanda do Ministério da Saúde, se necessário, mas fornecendo a vacina antiga, e que não pretendem realizar modificações nas vacinas AstraZeneca e Coronavac.
A tecnologia do RNA Mensageiro ainda não é utilizada no Brasil, mas está em desenvolvimento pela Fiocruz. Foram investidos R$ 51 milhões no modelo que vai poder ser aplicado em vários tipos de imunizantes no país. A previsão, no entanto, é que isso só seja utilizado daqui a três anos.
Há ainda expectativa de avanços nos estudos do novo imunizante do Instituri Butantan, que esclarece que a vacina ButanVac encontra-se na fase 2 de ensaios clínicos.
“Produzida a partir da técnica de vírus inativo, a ButanVac poderá ser produzida totalmente no Brasil após finalização do estudo e aprovação da Anvisa. O imunizante seguirá as recomendações da OMS e deverá ser atualizado sazonalmente com as cepas indicadas pelo órgão, como a JN.1 – variante de maior circulação atual que está substituindo outras cepas como a ômicron e suas sublinhagens”, informou o Butantan em nota.
Por que é preciso atualizar a vacina?
💉 Contextualização: os novos imunizantes protegem contra a variante XBB 1.5 e são os mais atualizados disponíveis. No país, duas farmacêuticas tiveram a atualização de suas vacinas aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa): Pfizer e Moderna.
Novas mutações do vírus SARS-CoV-2 são esperadas. Isso é um comportamento comum – porque, à medida que o vírus se espalha, ele pode sofrer muitas modificações genéticas. Dessas mutações podem surgir novas variantes, linhagens e cepas.
Com as mudanças, a resposta imunológica precisa também acompanhar. Por isso, é necessário que a vacina seja atualizada para a “versão” do vírus atual em circualação.
O vírus vai mutando ao longo do tempo e, por isso, precisamos de atualizações nas vacinas. É comum que isso ocorra ao longo do tempo. A vacina é segura e garante proteção para essas variantes que estão circulando no momento.
Todos precisam ser vacinados com o novo imunizante?
Sim, de acordo com Ethel Maciel, secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde. “A Covid-19 ainda é uma doença de preocupação e causa mortes e casos no Brasil, mesmo que em patamares menores comparado ao pico da pandemia. Por isso, é fundamental que toda a população, especialmente os grupos prioritários, busque o imunizante”, disse Ethel.
Apesar disso, o governo federal prevê foco no atendimento do grupo de risco da doença: crianças e grupos prioritários foram incluídos como alvo da campanha nacional de vacinação a partir deste ano.
Apesar da compra de novas doses, a pasta não prevê a ampliação do público-alvo que deve receber a vacina. De acordo com o ministério, a previsão é que seja mantida a mesma estratégia iniciada em janeiro, priorizando os grupos de risco.
Ainda em março, em entrevista ao g1, Alberto Chebabo, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), comentou que, considerando o atual cenário de casos e o comportamento do vírus no país – que agora se assemelha a outras infecções respiratórias – a ampliação do público não deve ser prioridade para as políticas públicas de vacinação.
“Ainda precisamos focar em proteger aqueles que são mais vulneráveis à doença como idosos, crianças e imunossuprimidos. Esses ainda são os mais suscetíveis a desenvolver casos graves da Covid”, analisa.
O infectologista pontua que o que poderia ser considerado pelo ministério é a ampliação da imunização para quem tem comorbidades, independentemente da idade.
A campanha prevê doses para todos?
O plano para este ano prevê a aquisição de 69 milhões de doses com cepas atualizadas. Além desse quantitativo previsto para 2024, o governo realizou a compra emergencial de 12 milhões de doses da Spikevax.
Neste ano de 2024, a campanha nacional de vacinação pretende imunizar um grupo prioritário que inclui:
crianças de seis meses a menores de cinco anos,
idosos,
imunocomprometidos,
pessoas com comorbidades ou deficiências permanentes,
gestantes e puérperas,
Indígenas,
ribeirinhos e quilombolas,
detentos
trabalhadores da área da saúde.
O ministério afirma que a compra segue a recomendação de diversos especialistas para maior eficácia na proteção contra o vírus. E que “a distribuição dessas doses ocorrerá de acordo com a demanda, diretrizes específicas para grupos prioritários e faixas etárias determinadas”.
“A escolha dos esquemas, imunizantes e estratégias de vacinação têm como base as melhores e mais atuais evidências científicas disponíveis e a análise do cenário epidemiológico”, afirmou o ministério em nota.
Por que demorou para as doses chegarem?
A previsão inicial do governo era que as doses do lote da compra emergencial deveriam chegar ao país ainda em março A ministra da Saúde, Nísia Trindade, chegou a afirmar que, uma vez recebidas as doses, a imunização com a nova vacina deve ser iniciada em abril.
O governo federal não deu detalhes sobre o motivo do atraso.
Novo lote de vacinas da Moderna contra a Covid chega ao Brasil
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