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Com abastecimento de água prejudicado, Prefeitura de Porto Alegre vai colocar carros-pipa em pontos estratégicos


‘Vou botar o caminhão num campo de futebol de várzea, as pessoas vão lá buscar’, diz prefeito Sebastião Melo. Quatro das seis unidades de tratamento de água da cidade estão paradas por conta das enchentes.
Imagem de drone feita no dia 4 de maio mostra centro de Porto Alegre alagado devido às enchentes no Rio Grande do Sul
REUTERS/Renan Mattos
Com o abastecimento de água afetado por conta de chuvas, a cidade de Porto Alegre vai usar caminhões-pipa em pontos estratégicos, afirmou o prefeito Sebastião Melo (MDB), em entrevista ao Estúdio I nesta segunda-feira (6).
“Vou botar o caminhão num campo de futebol de várzea, as pessoas vão lá buscar água e também levar suas bombonas, levar suas garrafas porque eu não tenho condições de passar de casa em casa”, disse.
“Não tem água suficiente estocada. O estoque de água no Rio Grande do Sul diminuiu muito.”
O prefeito ainda confirmou que apenas duas das seis estações de água continuam operando por conta das enchentes. Serão nessas estações em que os caminhões-pipa coletarão a água para outras regiões desabastecidas.
A prioridade máxima no momento, no entanto, é salvar vidas. Segundo o prefeito Sebastião Melo, são mais de 60 abrigos na Região Metropolitana de Porto Alegre, onde estão 9 mil pessoas atingidas pela enchente.
Situação do desastre
Temporais causaram prejuízos em 70% do território do Rio Grande do Sul: 345 dos 496 registram algum tipo de estrago. Parte da população está sem luz, água e enfrenta dificuldade de locomoção por conta de alagamentos e bloqueios de ruas, avenidas e estradas.
Conforme o levantamento da Defesa Civil, são 141,3 mil pessoas fora de casa, sendo 19,3 mil em abrigos e 121,9 mil desalojadas (nas casas de familiares ou amigos). Ao todo, 345 dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 850 mil pessoas.
O governo decretou estado de calamidade, situação que foi reconhecida pelo governo federal. Com isso, o estado fica apto a solicitar recursos federais para ações de defesa civil, como assistência humanitária, reconstrução de infraestruturas e restabelecimento de serviços essenciais.
A Defesa Civil colocou a maior parte das bacias hidrográficas do estado com risco de elevação das águas acima da cota de inundação.
A previsão de chuva para a partir da metade desta semana prolonga o estado de alerta. De acordo com a Climatempo Meteorologia, o avanço de nova frente fria volta a provocar aumento nas condições de pancadas fortes de chuva. A possibilidade de aumento do frio pode dificultar os resgates.
Os meteorologistas afirmam que os temporais que ocorrem no Rio Grande do Sul são reflexo de, ao menos, três fenômenos que ocorrem na região, agravados pelas mudanças climáticas.
Os temporais que atingem o Rio Grande do Sul já deixaram 83 mortos, de acordo com o boletim divulgado pela Defesa Civil na manhã desta segunda-feira (6). São investigadas outras 4 mortes. Além disso, há 111 desaparecidos e 276 pessoas feridas (saiba mais no final da reportagem).
Vítima gaúcha relata os danos e perdas em razão da enchente
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