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Farmacêuticos viram réus por desvio e venda de remédios de uso exclusivo hospitalar na Região Metropolitana de Curitiba


Denúncia aponta que o grupo também falsificava a data de validade de diversos tipos de remédios, incluindo medicamentos de uso restrito. Justiça torna réus 4 farmacêuticos da RMC por distribuição de medicamentos irregulares
A Justiça tornou réus quatro farmacêuticos da Região Metropolitana de Curitiba apontados como membros de uma organização criminosa responsável por desviar e vender ao menos 800 tipos de medicamento e produtos farmacêuticos de forma irregular.
As investigações revelam que parte dos remédios é de uso exclusivo de hospitais. Porém, eram vendidos diretamente a pessoas, sem qualquer controle.
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Os quatro respondem por crimes como associação criminosa, contra as relações de consumo, falsificação de medicamentos e tráfico de drogas. A denúncia do Ministério Público do Paraná (MP-PR) aponta que o grupo também falsificava a data de validade de diversos tipos de remédios, incluindo medicamentos de uso restrito.
A delegada Aline Manzatto explica que as investigações começaram depois que uma mulher disse à polícia que estava sendo ameaçada. Ela seria dependente química de fentanil, um remédio para dor, e teria uma dívida com o dono da farmácia, que fica em Piraquara, na região metropolitana de Curitiba.
“Uma vítima de um dos acusados que estaria comprando medicação restrita a hospitais e que não pode ser vendida nunca numa farmácia muito menos a uma pessoa sem qualquer tipo de procedência essa medicação”, afirma.
Conforme a delegada, na sobreloja da farmácia em Piraquara a polícia encontrou uma grande quantidade de medicação de uso hospitalar.
Segundo a investigação, Ronaldo Martins dos Santos seria o farmacêutico responsável pela venda à mulher que denunciou o caso à polícia. Ele é o único dos réus que segue preso preventivamente, porque já foi condenado anteriormente por disparos de arma de fogo.
Além de Ronaldo, viraram réus os farmacêuticos Fabrício Maciel Pereira, Claudemir Luciano Pereira e Jucilene Sousa Macedo.
Em uma operação em março, a polícia encontrou milhares de medicamentos em condições irregulares, fora da data de validade ou manipulados de forma irregular. Alguns em uma farmácia em Piraquara e outros em uma chácara na cidade.
A quantidade de remédios apreendida é tão grande que a contagem ainda não foi concluída. O Ministério Público pede uma perícia e também a incineração de todos os produtos.
Quadrilha é acusada de desvio e venda irregular de remédios de uso restrito
RPC Curitiba
De acordo com a delegada, Ronaldo seria um dos líderes do esquema de compra, armazenamento, falsificação e venda irregular de medicamentos hospitalares. A polícia acredita que mais pessoas façam parte da organização criminosa e segue investigando o caso para saber quem fornecia os medicamentos aos farmacêuticos.
A delegada cita que uma das hipóteses é a participação de pessoas ligadas a empresas que atuam especificamente com a destruição de remédios vencidos e que poderiam estar desviando a carga para o grupo criminoso.
O que diz a defesa dos citados
Em nota, a defesa de Ronaldo Martins dos Santos afirmou que a denúncia foi feita de forma precipitada pelo MP, já que a polícia ainda está realizando diligências imprescindíveis para os devidos esclarecimentos, o que impossibilitaria afirmar que ele seja líder de qualquer operação ilícita.
A defesa diz ainda que aguarda a conclusão do inquérito policial e que até o momento, os fatos narrados na denúncia são apenas conjecturas.
A defesa de Fabrício Maciel Pereira disse que a denúncia não possui elementos probatórios que demonstrem a prática de qualquer ilícito, se limitando a descrever uma denúncia genérica e sem individualizar a conduta de cada investigado e que, por isso, o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) revogou a prisão preventiva de Fabrício. A nota diz ainda que ele não possui qualquer tipo de envolvimento com os crimes relatados e vai comprovar a sua inocência.
A defesa de Jucilaine Souza Macedo também afirmou que as condutas dos investigados não foram individualizadas na denúncia e que a ré não foi ouvida pela autoridade policial. Afirma ainda que há um equívoco do MP e que isso ficará provado no processo.
A RPC ainda não conseguiu localizar a defesa de Claudemir Luciano Ribeiro.
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