Segundo a polícia, a vítima foi assassinada no dia 27 de fevereiro. Na ocasião, ele teria alegado que a esposa teria se acidentado na porta de casa, escorregado e a morte teria sido causada pela queda. DHPP em Teresina
Sthefany Prado/g1 Piauí
O idoso de 68 anos preso suspeito de assassinar sua esposa e forjar um acidente foi indiciado homicídio com quatro qualificadoras (motivo torpe, meio cruel, sem chance de defesa para vítima e feminicídio) e fraude processual, pela Polícia Civil do Piauí.
Além disso, a delegada Nathália Figueiredo, do Núcleo de Feminicídio do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), informou ao g1, nesta terça-feira (7), que ele, identificado apenas pelas iniciais A.S., permanece preso, de forma preventiva.
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Segundo a polícia, a idosa de iniciais R. M., de 62 anos, foi assassinada no bairro Verde Lar, na Zona Leste de Teresina, no dia 27 de fevereiro. Na ocasião, ele teria alegado que a esposa teria se acidentado na porta de casa, escorregado e a morte teria sido causada pela queda.
Por conta disso, o caso não foi registrado, a princípio, como um homicídio. “Quando chegou ao hospital, o corpo apresentou sinais de violência e o laudo cadavérico constatou lesões no tórax, face e cabeça”, afirmou a delegada Nathália na época da prisão temporária do suspeito, no dia 15 de abril.
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Também na época da prisão, a delegada afirmou que, apesar de não possuir registros na polícia, o suspeito possuía histórico de violência contra a esposa e uma companheira anterior e que vizinhos chegaram a comemorar a prisão do idoso.
Ainda conforme a delegada, durante o depoimento, o idoso seguiu com a versão de que a esposa havia caído, mas exames provam a presença de violência. “O laudo nos traz que as lesões foram produzidas por um instrumento contundente, então pode ter sido um murro, um pedaço de pau, ou algo do tipo”, explicou.
Com a conclusão do inquérito, o caso foi encaminhado à Justiça e o Ministério Público deve apresentar denúncia contra o suspeito. Ele deve continuar preso, à disposição da Justiça, enquanto responde pelo crime de feminicídio.
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