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Desde as chuvas de janeiro, rios que transbordaram e causaram destruição no RJ não receberam obras do PAC


O Rio Botas, na Baixada Fluminense, e o Rio Acari, na Zona Norte do Rio, deixaram bairros debaixo d’água em janeiro. Na época, 13 pessoas morreram no estado. O governo federal destinou uma verba de R$ 1,7 trilhão para obras do Pac em todo o país, mas os rios não foram incluídos. Desde as chuvas de janeiro, rios que transbordaram e causaram destruição no RJ não receberam obras do PAC
As últimas enchentes que devastaram o Rio de Janeiro ainda estão vivas na memória da população que foi afetada. Em Acari, na Zona Norte do Rio, o cenário é de abandono: muitos moradores tiveram que abandonar suas casas depois que o rio invadiu tudo.
“A partir de novembro a gente já começa a ficar preocupada porque aqui sempre encheu, mas nunca deu uma enchente como agora para destruir tudo. Começou a chover sem parar, a nossa vida fica por conta do rio”, lamenta a pensionista Rute Alves.
Nas margens do Rio Botas, na Baixada Fluminense, a denúncia é de falta de limpeza e drenagem do rio que há décadas transborda e causa prejuízos.
A solução para resolver as inundações ao longo do Rio Botas já foi desenhada desde a década de 90, com o Projeto Iguaçu.
Equipamento de obra no Rio Botas
Reprodução/TV Globo
Em janeiro deste ano, depois das fortes chuvas que deixaram 13 mortos, o governador Cláudio Castro anunciou a inclusão do projeto de obras do Rio Acari e o recadastramento do Projeto Iguaçu no Pac do Governo Federal.
Nesta quarta (8), foi anunciada uma verba de R$ 1,7 trilhão para obras do Pac em todo o país – mas os rios cariocas não foram incluídos.
Enquanto isso, ao longo do Rio Acari há bancos de areia e montanhas de lixo, e faltam obras e manutenção. O especialista Antônio diz que a lógica de escoamento precisa mudar e que o leito do rio precisa ter espaços livres para armazenar a água da chuva e amenizar os estragos nos bairros.
Em janeiro, o Ministério Público determinou o desassoreamento do Acari, prevendo multa para a prefeitura do Rio de R$ 10 mil por dia enquanto o serviço não for feito.
Um mês depois, o MP noticiou o descumprimento da determinação, e a prefeitura respondeu que a multa era incabível “porque as chuvas ocorridas em janeiro e fevereiro que resultaram no transbordamento do Rio Acari e alagamento de milhares de residências foram eventos climáticos extremos”.
O que disseram os envolvidos
A prefeitura do Rio disse que o trabalho de desassoreamento e limpeza é feito de forma rotineira no Rio Acari, e que em março a Fundação Rio-Águas terminou a limpeza do Rio Sapopemba – que desagua no Acari – retirando mais de 15 mil toneladas de material do fundo do rio.
A prefeitura afirmou ainda que agyarda a inclusão da obra do Acari no novo Pac Intervenções.
Sobre o Projeto Iguaçu, o governo do RJ informou que continua negociando com o Ministério das Cidades para obter recursos para financiamento das obras.
A equipe de reportagem entrou em contato com o Governo Federal, mas não obteve retorno.
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