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Gaúchos que vivem nas áreas secas do estado não medem esforços para salvar e acolher pessoas e animais atingidos pela enchente


Muitos moradores deixaram de trabalhar ou de cuidar da família para atuar como voluntários. Gaúchos que vivem nas áreas secas do estado não medem esforços para salvar e acolher pessoas e animais atingidos pela enchente
Jornal Nacional/Reprodução
A solidariedade de voluntários mostra o que está acontecendo no Rio Grande do Sul com a população toda.
Em um instante, a dimensão da tragédia fica mais evidente. Um cavalo em um telhado. Ninguém sabe há quanto tempo ele está se equilibrando nos poucos metros que restam para sobreviver. Em volta, tudo água. O acesso é difícil, o animal é pesado, mas os trabalhos de resgate já duram várias horas e vão continuar, porque os gaúchos decidiram que ninguém vai ficar desamparado.
“Tem vários pontos que precisam, tem que procurar o que mais está precisando, porque não dá para ficar em casa só olhando, a gente tem que sair para a rua”, diz a estudante Isadora Santana.
E assim a rua se transforma. O asfalto ganha barraca, cadeira, mesa, muitas doações, e vira um centro de atendimento completo para quem acaba de ser resgatado.
“O Rio Grande do Sul é muito unido, muito forte, a gente vai sair demais dessa situação ainda mais forte”, afirma a psicóloga Audrey Gonçalves.
Muitos moradores de Porto Alegre deixaram de trabalhar ou de cuidar da família para estar ali. O caso do gerente de restaurante Gabriel Furtado é diferente.
“Trabalho no aeroporto, então está debaixo d’água. Olhando na TV todo esse caos é impossível ficar em casa, ficar quieto, sendo que tem muita gente que precisa de ajuda”, conta ele.
Quem vai para a água representa muitos. O bote do Daniel veio de uma vaquinha que ele organizou.
“O que estamos fazendo é comprando botes para serem rebocados para resgatar as pessoas”, conta ele.
Ninguém fica sem a atenção de um voluntário. Feridos, famintos, resgatados ou mesmo as vítimas dessa tragédia que não podem agradecer. A cachorrinha Meg ganhou carinho, remédio e ração. A casa da voluntária que fez tudo isso não foi inundada, mas ela não conseguiu ficar lá.
“A partir do momento que eu soube o que estava acontecendo eu decidi vir ajudar. Eu decidi vir para cá quando vi uma reportagem deles tirando os gatinhos dos barcos com as caixas inundadas”, diz a estudante Beatriz Duster.
No começo da tarde, chuva e ventania interromperam os resgates. Nem assim o trabalho dos voluntários parou. Eles correram para salvar as doações e os barcos.
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Com uma cidade do tamanho de Porto Alegre sendo atingida da forma que foi, o sentimento é de quem ninguém está bem se o outro não está bem. Quem está longe das inundações está perto de quem precisa. A tragédia no Rio Grande do Sul chama atenção do mundo. A força do povo que foi atingido por ela chama atenção também.
“A gente já um ajudando o outro já está difícil, imagina se todo mundo pensasse só em si próprio e não contribuísse. Até diz o nosso hino riograndense: ‘Sirvam nossas façanhas de modelo a toda terra’. E a gente está aqui, de modelo, mostrando que a gente pode um ajudar o outro”, diz o técnico de refrigeração Rodrigo Possa Duarte.
No site paraquemdoar.com.br você encontra formas de ajudar as famílias que estão sofrendo as consequências da chuva no Sul.
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