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Peeling de fenol; entenda é o procedimento que provoca queimaduras severas no rosto

Manchas solares, melasmas, rugas profundas, cicatrizes de acne ou mesmo o desejo pelo “rejuvenescimento” da pele são alguns dos motivos pelos quais o peeling de fenol, um procedimento estético de aplicação de ácido na pele do rosto, está se tornando cada vez mais viral nas redes sociais. No TikTok, é cada vez mais comum se deparar com vídeos que mostram o “antes” e o “depois” do procedimento, que conta com queimaduras severas no rosto e dores intensas.

O tratamento químico é conhecido por apresentar resultados notáveis e duradouros na pele, mas também requer cuidados especiais devido à sua intensidade. Também chamado de peeling de ácido carbólico, o procedimento visa melhorar a aparência da pele, tratando rugas profundas, manchas, cicatrizes e outras imperfeições. É considerado um dos peelings químicos mais profundos disponíveis atualmente.

“É uma abrasão química profunda da pele que usa ativos como o fenol e o óleo de cróton. Quando o procedimento é devidamente realizado e há sucesso no tratamento, os benefícios esperados são o rejuvenescimento da pele, a melhora de rugas finas e aparentes e aparência mais rejuvenescida da pele”, explica a Dra. Fernanda Nichelle, médica que atua exclusivamente na área estética e está à frente da Clínica Fernanda Nichelle.

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Ao contrário de peelings mais suaves, como o peeling superficial com ácido glicólico, que afeta apenas a camada mais superficial da pele, o peeling de fenol penetra nas camadas mais profundas, promovendo uma renovação mais intensa. A especialista explica que o procedimento geralmente é realizado em uma clínica ou hospital por um dermatologista ou cirurgião plástico experiente.

“Geralmente, quando o procedimento é realizado em todo o rosto, ele deve ser feito em um centro cirúrgico, com acompanhamento de um médico anestesiologista. O tempo de duração varia, porque muitas vezes a face é feita por partes. Então, o processo pode variar entre uma hora, uma hora e meia, desde a higienização do rosto até a aplicação do peeling de fenol”, explica Fernanda, que reforça que são necessários cuidados antes e depois do procedimento.

“É comum haver um preparo da pele com uso de ácidos durante os trinta dias que antecedem o procedimento. Após o peeling, é importante evitar a exposição solar, usar ativos e medicações específicas na face, cuidar da higienização do rosto etc. Alguns pacientes ficam com a limitação da abertura da cavidade oral da boca e precisam se alimentar com líquidos. Então, dependendo da região a ser feita e da maneira que foi conduzida esse peeling, as orientações são bastante específicas”, complementa.

Após o peeling de fenol, é comum sentir um desconforto temporário, como sensação de queimação, vermelhidão e inchaço. A pele tratada fica com uma aparência avermelhada e pode formar crostas ou descamar durante o processo de cicatrização, que geralmente leva algumas semanas. “Não existe uma data limite para uma recuperação total, o que vemos é que aproximadamente 90 dias após o procedimento, a pele já apresenta um aspecto mais rejuvenescido, mas alguns pacientes ainda persistem, por algum tempo, com a vermelhidão no rosto”, diz a especialista.

Os resultados do peeling de fenol podem ser notáveis e de longa duração. A pele tratada geralmente apresenta uma melhoria significativa na textura, redução de rugas e linhas finas, e uma aparência mais jovem e uniforme. No entanto, é importante estar ciente de que o peeling de fenol é um procedimento invasivo e mais agressivo do que outros tipos de peelings. Isso significa que existem riscos associados, como mudanças permanentes na pigmentação da pele, cicatrizes, infecções ou reações alérgicas.

“Os tipos de riscos e complicações vão desde resultados inestéticos, como manchas e cicatrizes, até problemas fisiológicos, uma vez que o procedimento pode causar problemas cardiológicos, problemas no fígado e até mesmo nos rins”, explica Fernanda. “Entre as contraindicações para os procedimentos, estão as gestantes, pacientes que tenham problemas cardiológicos, no fígado ou nos rins, pacientes com doenças crônicas”, complementa ela, que reforça que o procedimento também é recomendado para fototipos baixos.

“O peeling de fenol é basicamente recomendado para fototipos baixos, ou seja, pessoas com pele branca. Fototipos altos contraindicam o tratamento pela chance de manchar a pele”, explica.

Embora ofereça resultados notáveis, é crucial ter em mente que é um procedimento invasivo que requer cuidados especiais e pode ter riscos associados. Por isso, é fundamental escolher um profissional qualificado e experiente para realizar o procedimento e discutir todos os aspectos e possíveis complicações antes de tomar uma decisão.

“Atualmente existem muitos tratamentos na área de estética médica que podem ser utilizados com uma maior segurança e um downtime menor, um afastamento do paciente com menos tempo das suas atividades, porque essa questão psicológica, do paciente ficar muito tempo com a face transformada, tem que ser levada em consideração. Então, alguns tratamentos como lasers, a tecnologia avançou muito na medicina, o peeling de fenol é algo da época da década de sessenta, então, existem hoje técnicas muito mais tecnologicamente avançadas, que podem ser usadas sem trazer tanto transtorno para o paciente”, finaliza.

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