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Morador de Ipanema acusado de injúria racial por segurança não comparece a depoimento pela segunda vez


Na segunda-feira, ele já tinha faltado, alegando problemas de saúde. Um dos episódios de racismo foi gravado. Confusão começou por causa de um banquinho. Morador de prédio de Ipanema acusado de injúria racial por segurança de restaurante é intimado a prestar depoimento
O morador de um prédio em Ipanema, na Zona Sul do Rio de Janeiro, acusado pelo segurança de um restaurante italiano de injúria racial não compareceu pela segunda vez, nesta quarta-feira (14), para prestar depoimento na 14ªDP (Leblon), onde era aguardado.
Na segunda-feira (12) Aloysio Augusto da Costa, de 83 anos, também era aguardado, mas alegou problemas de saúde. Nesta quarta, seus advogados estiveram na delegacia e apresentaram um atestado.
Policiais estiveram no apartamento do idoso no fim da manhã desta segunda, e o convocaram a prestar esclarecimentos sobre o caso.
Lucas Rodrigues Neves, de 22 anos, trabalha como segurança de um restaurante da região e foi à delegacia duas vezes — a mais recente neste sábado (10). Um vídeo gravado no mês passado mostra uma das agressões.
Lucas explicou à polícia que, no mês passado, Aloysio começou a reclamar de um banco colocado do outro lado da rua, para que o segurança ficasse bem localizado a fim de visualizar o restaurante e o entorno.
“Eu quero justiça, só isso que eu quero. É um sentimento muito ruim. Meu pai passou por isso, meu avô passou por isso, eu sou pai e estou lutando para que o meu filho não passe”, afirmou Lucas.
Lucas (D) discute com idoso a quem denunciou por injúria racial
Reprodução/TV Globo
Em 13 de maio, parte da discussão foi gravada.
Lucas: Eu sou o quê? Fala o que eu sou de novo?
Aloysio: Sai pra lá, rapaz!
Lucas: Fala o que eu sou de novo?
Aloysio: Vai tomar conta lá…!
Lucas: Fala que eu sou neguinho, fala!
Aloysio: Vai tomar… é neguinho! Vai tomar conta do restaurante!
Lucas: Agora sorri ali, que tá sendo gravado teu racismo.
No boletim da confusão deste sábado, o segurança relatou na delegacia o que ouviu: “Esse banco aqui é coisa de vagabundo, você não está trabalhando, tire o banco daqui e vá para o outro lado da calçada, você tá fazendo daqui de favela, eu não quero esse banco aqui.”
Segundo Lucas, o filho desse morador, também identificado pelo primeiro nome, Adriano, também usa os mesmos termos pejorativos.
O banco onde Lucas fica ao trabalhar virou motivo de confusão
Reprodução/TV Globo
O que dizem os envolvidos
O g1 entrou em contato com Aloysio no início da tarde desta segunda, mas ele disse que vai conversar com o seu advogado antes de se pronunciar sobre a acusação.
O restaurante onde Lucas trabalha publicou em rede social neste sábado que “não tolera qualquer tipo de atitude preconceituosa” e que tomou todas as medidas cabíveis “para apoiar e proteger a vítima”.

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