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Após 12 anos de espera, reforma da fachada do Copan deve ter início neste mês e acabar até 2024

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A primeira fase da restauração vai ter como foco o lado sul e as duas laterais do prédio. A parte da frente, aquela abraça a Avenida Ipiranga, no Centro da capital, será restaurada na próxima etapa. O Edifício Copan, projetado por Oscar Niemeyer, parcialmente coberto por telas de proteção nem junho de 2017
Dario Oliveira/Estadão Conteúdo
Quase 12 anos após o início da negociação da restauração da fachada do Edifício Copan, a obra enfim vai começar. A administração de um dos mais famosos prédios do estado de São Paulo, projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer na década de 1950, assinou contrato com uma empresa privada para iniciar a reforma. A parceria foi anunciada na quarta-feira (14) e está prevista para ter início neste mês.
A primeira fase da restauração vai ter como foco o lado sul e as duas laterais do prédio. A parte da frente, aquela abraça a Avenida Ipiranga, no Centro da capital, será restaurada na próxima etapa. A expectativa é que tudo esteja finalizado em agosto de 2024.
Copan
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A obra, segundo a empresa, deve custar R$ 16,3 milhões. O objetivo é recuperar as estruturas do Copan e substituir as pastilhas de porcelanas, conforme as originais.
Em 2011, o Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental de São Paulo (Conpresp) autorizou a colocação da tela de proteção azul, esta que está até hoje na fachada do prédio. Em 2009, parte do reboco e algumas das pastilhas que caíram e atingiram uma cachorrinha. O animal morreu na hora.
Em 2021, a reforma foi autorizada pela Prefeitura de São Paulo e deveria ter começado no ano passado, mas, na época, o síndico, Affonso dos Prazeres, relatou ao g1 que a questão financeira para dar início à obra preocupava a administração.
Aprovação da reforma
Há pelo menos uma década, o prédio projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer convive com problemas de manutenção da fachada, como infiltrações e queda de pastilhas. Todos esses elementos foram constatados em laudos e denunciados a órgãos do patrimônio histórico.
A Secretaria Municipal da Cultura (SMC) informou que a reforma foi aprovada com uma única diretriz de revisão da troca dos cobogós, elementos vazados, em uma faixa na fachada sul do edifício, que deverá ser mantida. “As pastilhas que necessitam ser trocadas ou recolocadas serão substituídas por pastilhas similares às originais”, disse a pasta.
“O projeto foi aprovado totalmente. É um projeto conservativo, que faz considerações importantes com relação às pastilhas, que era o que estava bastante grave”, afirmou Lícia Alves, diretora do Departamento de Patrimônio Histórico do município.
Em 2011, o Conpresp autorizou a colocação de uma tela de proteção e a retirada das pastilhas. No entanto, em 2015 a obra foi embargada. Entre os motivos, as pastilhas de vidro que o síndico havia comprado para a reforma não atendiam ao padrão exigido pela prefeitura.
“Até hoje, não achei. Procurei esse material até na Itália. O que eu apresentei naquele momento, que era o mais adequado e também adequado aos valores, não foi aceito pelo DHP”, explicou Affonso dos Prazeres, síndico do Copan há cerca de 30 anos.
Apesar de o projeto ter sido autorizado, a questão financeira preocupa a administração do Copan. “O condomínio tem quase R$ 20 milhões no caixa, insuficientes, inclusive, para o início da obra. Durante três assembleias, me negaram qualquer tipo de valor a mais do que aquele que já era arrecadado no condomínio. Então, estou de mãos atadas”, apontou Prazeres.
Para o consultor em política urbana Gabriel Rostey, uma solução para esse obstáculo seria o investimento da iniciativa privada. Uma empresa poderia, por exemplo, oferecer recursos para a obra em troca de publicidade nas telas de proteção. O dispositivo é previsto, inclusive, pela Lei da Cidade Limpa.
No entanto, historicamente, esse mecanismo não costuma ser utilizado na capital: foi colocado em prática apenas duas vezes em 2017 – na restauração da fachada do Theatro Municipal e na revitalização da Praça Ramos de Azevedo.
“Se é tão pouco usado, se é uma coisa que não faz parte da vida efetiva da cidade, é porque claramente tem algum problema na legislação para que haja essa efetividade. É preciso discutir isso”, disse Rostey.

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