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1,6% dos moradores da Região Metropolitana de Porto Alegre têm HIV, diz pesquisa


Levantamento foi apresentado nesta quinta-feira (15) em Porto Alegre. Região tem um dos piores índices da América Latina, segundo pesquisadores. Região Metropolitana de Porto Alegre vive epidemia generalizada de HIV, aponta pesquisa
Segundo levantamento apresentado nesta quinta-feira (15), em Porto Alegre, 1,6% dos moradores da Região Metropolitana da Capital têm diagnóstico positivo para o vírus HIV. O índice é um dos piores da América Latina, de acordo com especialistas, e aponta que a região vive uma epidemia generalizada, quando a transmissão ocorre entre a população em geral.
A pesquisa foi liderada pela Associação Hospitalar Moinhos de Vento e pelo Escritório de Projetos Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS), com apoio da Secretaria Estadual da Saúde (SES). Foram entrevistadas 8 mil pessoas, em 56 municípios gaúchos. No interior do estado, o índice de infecção pelo vírus é de 0,5% da população, próximo à taxa nacional – de acordo com dados do Ministério da Saúde, estima-se que 1,08 milhão de brasileiros tenham o HIV.
“Isso vai fazer com que precise ser mudada a forma de abordagem e até de prevenção nessas populações, que antigamente era mais focada em determinados grupos. Agora a gente precisa olhar para a população geral como um todo”, afirma a epidemiologista Eliana Wendland, uma das pesquisadoras do projeto.
Na Capital, por exemplo, 97% dos entrevistados concordam que usar preservativo é a melhor maneira de evitar a transmissão da doença, mas apenas 27% afirmam ter usado camisinha na última relação sexual.
De acordo com Maria Leticia Ikeda, chefe da Divisão de Unidades Próprias da SES, é fundamental que se busquem formas de educar a população para a presença do vírus e as formas de preveni-lo, sobretudo junto à população mais jovem.
“Estamos buscando o apoio da Secretaria de Educação, com projetos e programas que envolvem também os adolescentes e os jovens, e dar conhecimento da existência dos dispositivos de prevenção, além da camisinha. A gente tem o preservativo em todas unidades de saúde, praticamente. As pessoas sabem que existem esses preservativos, nós temos que aproximar eles mais das pessoas”, comenta Ikeda.
A taxa de mortalidade das pessoas com diagnóstico positivo para o vírus também preocupa. De acordo com a pesquisa, são 24 mortes associadas ao vírus HIV a cada 100 mil habitantes na Capital. No Rio Grande do Sul, o índice é de 9,2 – no Brasil, a taxa é de 4,9. O Ministério da Saúde acompanha a situação no estado.
Taxa de mortalidade associada ao HIV também preocupa em Porto Alegre e no RS
Reprodução / RBS TV
Importância do diagnóstico
“Nós precisamos incentivar o diagnóstico da infecção pelo HIV, que as pessoas procurem as unidades e que, nessas unidades, tenham acesso rápido ao diagnóstico. E quem for identificado como uma pessoa vivendo com HIV, que tenha acesso imediato aos serviços de saúde”, diz Maria Clara Gianna, coordenadora de HIV/AIDS do Ministério da Saúde.
Gianna acrescenta que é preciso diminuir o estigma e a discriminação voltados às pessoas que vivem com HIV. De acordo com a coordenadora, isso por vezes afasta as pessoas que vivem com HIV do serviço de saúde. Uma pessoa com carga viral indetectável de HIV, por exemplo, não transmite o vírus para outras pessoas. Assim, ter pessoas em tratamento é tão importante para a saúde de quem vive com HIV quanto para a diminuição da carga viral circulante.
Carlos Duarte é morador de Porto Alegre e convive com o vírus há 30 anos. Ele relata que já viu muitas pessoas que testaram positivo para o HIV abandonarem o atendimento junto ao SUS na Capital.
“A cada vez que o usuário chega no serviço de saúde, é uma nova equipe que vai atender. Isso faz com que toda a investigação volte ao zero. A pessoa se sente abandonada pela equipe com quem ela estava sendo tratada, ela está criando confiança. Ela se sente abandonada pelo serviço”, lamenta Carlos.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Porto Alegre se manifestou em nota:
“A Secretaria Municipal de Saúde prioriza a vinculação dos profissionais em suas respectivas unidades de saúde. Contudo, a rotatividade de profissionais pode ocorrer por motivos alheios à vontade da pasta.
Independente do profissional que atenda, o histórico daquele paciente consta em sistema de informação seguro, possibilitando a continuidade do tratamento daquele paciente, que está resguardado pelo sigilo ético e pela lei geral de proteção de dados.”

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