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PF encontra ‘roteiro de golpe’ em celular de Mauro Cid, diz revista

 

Jair Bolsonaro e seu ex-ajudante, o tenente-coronel Mauro Cid

|  Foto:
Reprodução/Redes Sociais

 Um relatório da Diretoria de Inteligência da Polícia Federal acessado com exclusividade pela revista Veja mostra que, dentro da cúpula de Jair Bolsonaro, havia um plano para anular as eleições de 2022. A reportagem, publicada na noite desta quinta-feira (15), expõe que a PF encontrou no celular do tenente-coronel Mauro Cid um ‘roteiro’ de como o golpe para manter o ex-presidente no poder aconteceria. De acordo com a revista, o documento de três páginas, intitulado “Forças Armadas como poder moderador” foi encontrado nos arquivos do celular de Cid e se sustenta na tese de que os militares poderiam ser convocados para atuar em um conflito entre poderes. Este seria um dos motivos para a implementação do plano, mas não o único.O autor do texto encontrado com Mauro Cid afirma que “Entende-se que o conjunto dos fatos descritos seriam capazes de demonstrar não só uma atuação abusiva do Judiciário, mas também abuso praticado pelos maiores conglomerados de mídia brasileira, de modo a influenciar diretamente o eleitor e o resultado da eleição em favor de determinado candidato”. Leia mais notícias de Política aqui No documento há um passo a passo para a realização do golpe. Primeiro, o presidente da República encaminharia um relato das inconstitucionalidades praticadas pelo poder Judiciário aos comandantes das Forças Armadas, que avaliaram os argumentos.Em seguida, caso concordassem, um interventor investido de poderes absolutos seria nomeado. De início, ainda segundo o documento, ele fixaria um prazo para o “reestabelecimento da ordem constitucional”. Este interventor ainda suspenderia decisões que considerasse institucionais — como a diplomação do presidente Lula, por exemplo —, afastaria os ministros do STF — Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski, que na época integravam o TSE —, convocaria os seus substitutos  — Kassio Nunes Marques, André Mendonça e Dias Toffoli — e, por fim, abriria inquéritos para a conduta de cada um dos magistrados. Caberia ao interventor, também, a escolha de uma data para a realização de uma nova eleição presidencial. O documento indica que isso poderia acontecer em um mês, um ano ou quando os militares concluíssem que a “ordem constitucional” estivesse reestabelecida. O relatório da PF, que contém 66 páginas, inclui também mensagens de WhatsApp, áudios, backups de segurança e arquivos armazenados pelo auxiliar do ex-presidente em seu aparelho celular. Segundo a Veja, um segundo documento também foi encontrado. Nele, havia a avaliação sobre um possível decreto de estado de sítio, uma das medidas mais extremas previstas na Constituição Federal do Brasil. 

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