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‘Quer dizer que os delinquentes estão autorizados a receber a polícia a tiros?’, diz agente baleada sobre decisão que soltou réu no RS

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No entendimento da juíza responsável pelo caso, não houve tentativa de homicídio. Decisão causou revolta em órgãos de segurança. Policial civil baleada em Rio Grande fala pela primeira vez
A policial civil Laline Almeida Larratéa, 38 anos, recebeu com indignação a decisão que mandou soltar o acusado de a balear na cabeça, durante a Operação Bloqueio, em Rio Grande, na Região Sul do RS, em 2022. Em entrevista à RBS TV nesta quarta-feira (28), Laline questionou os argumentos da magistrada responsável pelo caso.
”Quer dizer, agora, que os delinquentes estão autorizados a receber a polícia a tiros porque a resistência ao crime de menor potencial ofensivo não vai dar praticamente nada? Eu acho que essa decisão judicial autoriza as pessoas a receberem a polícia a tiros. Essa decisão foi muito temerária”, indigna-se a policial civil.
A juíza Paula Cardoso Esteves, da 1ª Vara Criminal da Comarca do município, é a responsável pela decisão. A determinação de revogar a prisão preventiva do réu foi assinada em 28 de abril. No entendimento da magistrada, não houve tentativa de homicídio.
”Os elementos carreados demonstram que o réu, para fins de se opor à execução de ato legal, mediante disparos de arma de fogo, tentou impedir que policiais civis adentrassem no imóvel. É evidente, portanto, que o agente não efetuou os disparos com o dolo de matar os policiais, mas tão somente de impedir a execução do cumprimento da ordem legal”, sustenta a magistrada.
Mais de um ano depois do caso, Laline segue afastada do trabalho, se recuperando das sequelas que foram causadas pelo tiro. Ela passou por uma cirurgia para retirada da bala que ficou alojada. Foram 28 dias no hospital e 15 na UTI.
”Eu lembro da arma apontada para mim, do cano da arma. Só isso. Não tenho mais lembranças”, recorda-se.
O atestado médico de Laline prevê o afastamento das atividades até o fim do mês de julho. A vontade, segundo ela, é retornar ao trabalho.
”A minha ideia é retornar, isso se não for renovado [o atestado]. A minha ideia é retomar o trabalho. Eu estou ansiosa, mas eu não quero mais cumprir mandado de busca e apreensão”, diz a policial civil.
Laline conta que chegou a fazer sessões diárias com a fonoaudióloga nos primeiros meses. Hoje, segundo ela, são três vezes por semana. A maior dificuldade, no entanto, não foi o comprometimento na fala, conforme a policial.
”O mais difícil foi com minha filha. Ela tem 4 anos e, à época, tinha 3. Ela ficou bem abalada, sem saber onde eu estava, ficou sem saber o que tinha acontecido”, relata Laline.
A decisão de soltar o réu causou revolta em órgãos de segurança. Na tarde desta quarta, policiais civis de diversos municípios promoveram um “sirenaço” em solidariedade aos colegas de Rio Grande. No interior, grupos se reuniram em frente às delegacias de polícia. Em Porto Alegre, a manifestação ocorreu em frente ao Palácio da Polícia.
O caso
O caso aconteceu em abril do ano passado. A ocorrência se deu durante cumprimento de mandado de busca e apreensão no bairro Querência, no balneário Cassino.
Durante a ação, a policial Laline Almeida Larratéa, da 3ª Delegacia de Polícia de Rio Grande, foi atingida por um tiro. Ela foi encaminhada para o Hospital Santa Casa do município e passou por uma cirurgia para a retirada da bala que ficou alojada. O autor do disparo foi preso.
A operação buscava identificar uma organização criminosa que seria comanda por um detento da Penitenciária Estadual de Rio Grande. O grupo seria responsável por crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico.
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