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‘Sem informação, não se faz planejamento no setor público ou privado’, afirma geógrafo da Unesp sobre importância do Censo 2022


Segundo dados do IBGE, Nova Odessa passa a ser a 4ª cidade mais populosa, ocupando o posição de Cosmópolis, enquanto Engenheiro Coelho assume a 11ª, à frente de Elias Fausto (SP). Vista aérea de Nova Odessa
Divulgação/ Prefeitura de Nova Odessa
“O Censo Demográfico é um instrumento estratégico para o desenvolvimento do país, dos estados e municípios. Sem informação, não se faz planejamento no setor público ou privado”, afirma o doutor em geografia humana pela Universidade de São Paulo (USP), Roberto Braga, sobre a importante da pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os primeiros dados forma divulgados nesta quarta-feira (28).
Braga, que também é professor do Departamento de Geografia e Planejamento Ambiental da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp) do Campus de Rio Claro (SP), reforça que o Censo precisa ser feito regularmente porque fornece informações essenciais para tomada de decisões e estabelecimento de políticas públicas.
Impactos
Segundo o professor, as informações da pesquisa podem impactar o planejamento de setores públicos e privados da sociedade.
“Nós precisamos saber quem somos e quanto somos. Isso vai servir de suporte e de elemento para tomadas de decisão tanto pelos governos quanto pela iniciativa privada. Isso tem um impacto nas políticas públicas e no setor privado”, reforçou.
Ainda segundo o especialista, o Censo Demográfico é a base elementar de informação sobre a população brasileira porque coleta dados quantitativos como número de habitantes por município, faixa etária, características socioeconômicas da população, renda escolaridade, condições de moradia, entre outros aspectos.
“Pelo Censo, é possível saber se as populações de idosos, de crianças e jovens, estão crescendo ou diminuindo, por exemplo. Isso é fundamental para tomar decisões em relação à saúde, à educação por parte do poder público. Já, por parte da iniciativa privada, é interessante também à pesquisa de mercado, para saber quais seriam os produtos voltados a cada parcela da população que aumenta ou recua”, exemplificou.
Em relação ao poder público, o professor comenta que a cada resultado do Censo não é difícil ocorrer alguma ‘disputa’, por parte das administrações dos municípios, relacionada ao repasse de tributos de acordo com número divulgado pelo Censo sobre a população das cidades.
“Muitos municípios não ficam muito contentes quando veem que o Censo demonstra um crescimento aquém do que eles esperavam, uma vez que isso vai implicar em um não crescimento da receita, respectivamente. Os repasses dos tributos são feitos em função do tamanho da população”, comentou.
Região de Piracicaba
Os primeiros dados do Censo 2022 divulgados pelo IBGE revelam alterações no ranking das cidades mais populosas da região de Piracicaba (SP).
A troca de posições na lista ocorreu em situações nas quais, a partir de 2010, municípios tiveram um crescimento populacional maior do que cidades que tinham mais habitantes.
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É o caso de Nova Odessa (SP), que em 2010 era a quinta cidade mais populosa entre as 18 da área de cobertura do g1 Piracicaba e, segundo os dados atualizados do Centro de 2022, passou a ser quarta, com 62 mil habitantes, trocando de posição com Cosmópolis.
Comparação dos rankings de cidades mais populosas da região de Piracicaba
Isso ocorre porque Nova Odessa teve um crescimento populacional de 21,03%, o segundo maior da região, enquanto Cosmópolis teve um aumento de habitantes de 1,61%.
O crescimento demográfico anual da primeira foi de 1,6% ao ano, enquanto o da segunda foi de 0,13%.
Na média, enquanto Nova Odessa ganhou 21 novos habitantes para cada 100 que já moravam na cidade antes de 2010, Cosmópolis ganhou um para cada 100.
Crescimento da população na região de Piracicaba entre 2010 e 2022
‘Boom’ eleva Engenheiro Coelho em lista
A outra alteração no ranking ocorreu entre Engenheiro Coelho e Elias Fausto, a primeira assumindo a 11ª posição que era da segunda.
Isso ocorreu porque Engenheiro Coelho foi a cidade com o maior crescimento proporcional de habitantes, de 24,46%. Já a elevação de Elias Fausto foi metade desse percentual: 12,2%.
Em números absolutos, Engenheiro Coelho teve um ganho de 3,8 mil novos moradores, número maior que a terceira cidade mais populosa da região, Santa Bárbara d’Oeste, que recebeu 3,3 mil novos residentes entre 2010 e 2022.
Vista aérea de Engenheiro Coelho
Prefeitura de Engenheiro Coelho
Crescimento da região
A população da região de Piracicaba cresceu 9,86% na comparação entre o Censo de 2010 e o de 2022.
Eram 1.155.760 habitantes em 2010 nas 18 cidades da área de cobertura do g1 Piracicaba, enquanto 12 anos depois esse número saltou para 1.269.723. A alta é maior que a registrada em todo o Brasil, que foi de 6,45%.
Quando considerados os números absolutos de novos moradores, as duas cidades mais populosas ainda estão na frente. A metrópole Piracicaba ganhou 58,7 mil novos residentes em 12 anos e Limeira, 15,8 mil.
Crescimento habitacional por ano na região de Piracicaba
Censo do IBGE
O Censo é uma pesquisa realizada pelo IBGE para fazer uma ampla coleta de dados sobre a população brasileira. Ela permite traçar um perfil socioeconômico do país, já que conta os habitantes do território nacional, identifica suas características e revela como vivem os brasileiros.
Todos os 5.568 municípios brasileiros, mais dois distritos (Fernando de Noronha e Distrito Federal), num total de 5.570 localidades, receberam visita de recenseadores. Segundo o IBGE, foram visitados 106,8 milhões de endereços em 8,5 milhões de quilômetros quadrados.
Foram respondidos 79.160.207 questionários, dos quais 88,9% com 26 quesitos e 11,1% com 77 quesitos. No total, 98,88% das entrevistas foram presenciais; o restante foi pela internet ou telefone.
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