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Com obras em 36 países, Kobra fala sobre depressão profunda: ‘Há 4 meses que não tomo nenhum remédio’


Artista reconhecido mundialmente por seus grafites, contou sua trajetória no Rio Innovation Week e como superou os problemas de saúde mental. “Cheguei a tomar onze remédios tarja preta por dia” Eduardo Kobra no palco do Rio Innovation Week
Raoni Alves / g1 Rio
Eduardo Kobra é um dos artistas mais importantes da cena contemporânea mundial. Com obras espalhadas por 36 países, ninguém pode imaginar que toda essa carreira de sucesso foi construída em companhia da depressão profunda.
Ele falou sobre o assunto nesta sexta-feira (6), durante apresentação na Rio Innovation Week.
“Teve um momento que eu tomava 11 comprimidos de tarja preta por dia. Quando eu comecei a ter os primeiros sintomas de depressão, alguém falou: ‘Vai no psiquiatra, que vai resolver’. Mas eu não dei sorte. Ele me fez uma série de perguntas e eu sentia tudo. Eu não comia, eu não dormia, vários dos trabalhos importantes da minha carreira foram feitos dessa forma, com dificuldades. Muitas vezes, eu tava no alto do andaime sem dormir 3, 4, 5 noites seguidas. Uma depressão profunda”, contou Kobra.
“Eu nunca fui viciado em droga, mas fiquei viciado em bebida por conta dos antidepressivos”
Edurado Kobra fala sobre depressão em evento no Rio
Raoni Alves / g1 Rio
Eduardo Kobra começou como pichador, tornou-se grafiteiro e hoje se define como um muralista. Só nos Estados Unidos, o artista tem mais de 50 obras. Seus desenhos são reconhecidos facilmente por sua técnica particular de grafite. Suas telas geralmente são enormes fachadas de prédios.
Entre as obras de destaque está ‘O Beijo’, na High Line, em Nova York. Mas ele também tem painéis na Rússia, Polônia, Suécia, Japão, México e Taiti, por exemplo.
No palco principal do evento de tecnologia e inovação que acontece no Píer Mauá, no Centro do Rio, ele também contou sobre a superação recente que alcançou.
“Eu devo ter ficado uns 15 anos tomando esses remédios. Eu andava cheio de comprimido no bolso, desesperado. Mas eu me livrei desses remédios. Tem quatro meses que não tomo mais nenhum”, celebrou o artista.
“Hoje, eu tô no meu melhor momento de vida, desde que comecei a pintar”, afirmou Kobra
A história de superação de Kobra foi aplaudida com entusiasmo pelo público que lotava o palco principal do Rio Innovation Week. Ao longo da apresentação, Kobra também lembrou sobre como começou a pintar com 12 anos de idade, ainda sem a autorização dos pais.
Mural de Eduardo Kobra na fachada da ONU
Ben Lao
O ano de 2007 também ganhou destaque na palestra. Foi nesse ano que o artista pintou o “Muro das memórias”, no Centro de São Paulo, onde ele trazia diversas fotos antigas de São Paulo pelas ruas da cidade.
Outra obra que Kobra guarda com carinho é a “Etnias – Todos Somos Um”, pintado por ele em 2016, no Boulevard Olímpico, no Rio de Janeiro. A parede faz parte de um dos espaços onde acontece a edição 2023 do Rio Innovatio Week e foi batizado de Galpão Kobra.
Pessoas observam um mural de cerca de 3 mil metros quadrados criado pelo artista Eduardo Kobra com rostos de indígenas dos cinco continentes para recepcionar os visitantes dos Jogos Olímpicos Rio 2016, no Rio de Janeiro
Kai Pfaffenbach/Reuters
Detalhe do mural de Eduardo Kobra apagado no Morumbi, Zona Sul de SP
Divulgação/Kobra
2 de maio – O artista brasileiro Eduardo Kobra posa para fotos com a obra Coexistência, mural de sua autoria, em São Paulo
Rebeca Reis/AGIF – Agência de Fotografia/Estadão Conteúdo

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