Aos 33 anos, a analista financeira Azzurra Carnelos estava grávida do primeiro filho quando descobriu que um câncer de mama, já em remissão, havia retornado. Para manter a gestação e dar à luz ao bebê, a italiana decidiu não fazer quimioterapia.
Em fevereiro do ano passado, Azzurra, moradora de Oderzo, na Itália, teve a gravidez confirmada. A novidade foi uma surpresa para ela já que, em 2019, Azzurra passou por um longo e intenso tratamento contra um câncer de mama. E pensou que não teria chances de engravidar.
Cinco meses depois, a analista financeira descobriu que o câncer havia retornado e decidiu contrariar a indicação dos médicos – a quimioterapia como tratamento – para conseguir ter o bebê.
Em agosto, o pequeno Antonio veio ao mundo. E a mãe do menino retomou o tratamento. Segundo os médicos, o câncer já estava em um estágio avançado e ela morreu no último sábado (13).
“Minha filha estava determinada a fazer o que fosse possível, tudo para admirar o filho”, disse a mãe. Agora, o pequeno ficará aos cuidados do pai, Francesco Favero, e da avó.
Tratamento de câncer de mama durante a gravidez
Segunda a Revista Brasileira de Cancerologia (RBC), periódico que reúne estudos médicos da área, a quimioterapia pode oferecer riscos à saúde fetal. Mas, se nenhum tratamento for realizado até o nascimento do bebê, a saúde da mãe também é posta em risco.
Ainda, oncologistas falam sobre segurança do tratamento no segundo e terceiro trimestre da gestação – no primeiro trimestre há chances de aborto espontâneo, segundo a RBC, e não é recomendado.